Para dar tempo ao tempo duma espera de família, entrei na tasca do Buraca, sentei-me na mesa junto à porta e, numa atitude "pessoana", pus-me a bebericar uma imperial e a mordiscar uns tremoços. Ao balcão estavam dois ou três grupos de homens a bebericar umas imperiais e a mordiscar uns tremoços. Reparei que alguns deles falavam ou estavam entretidos com os seus telemóveis. Um desconhecido retirou-se do seu grupo e, de passagem para a rua, dirigiu-me a palavra:
- Os meus amigos não falam comigo! Estão todos com o telemóvel! Estou sozinho! Olhe, vou também fazer uma telefonema! Mas vou lá fora!...
Quando voltou a entrar o homem reparou que os seus amigos continuavam todos ao telemóvel e voltou a dirigir-me a palavra:
- Porra para os gajos! Isto é que eu tenho uns amigos!? O senhor dá-me licença que me sente aqui consigo?!
E então, como não éramos conhecidos nem amigos e aquele era o assunto que nos juntava, começámos a conversar acerca do uso dos telemóveis, até eu receber uma mensagem do familiar a dizer que já estava pronto e, quase ao mesmo tempo, ele receber uma chamada, dum dos amigos que estava ao balcão, a perguntar-lhe onde é que estava.
Por vezes é necessário desligar mesmo o telemóvel durante um pedaço, porque é necessário conversar olhos nos olhos com os amigos. Há sempre tempo para depois ver se alguém nos contactou durante esse lapso de tempo.
ResponderEliminarCumps
Os Coelhos não são todos iguais
ResponderEliminarÓ Pata Negra, onde estão os Coelhos? São diferentes em quê? E os Pumas também diferem uns dos outros? Há Pumas estrábicos?
ResponderEliminare assim vamos/ teclando e rindo/ guiados, guiados, sim...
ResponderEliminarabraço
Nem o "cantando e rindo" nem o "avante camarada". Ambos são odiosos.
ResponderEliminar... e o novo uso dos polegares?1
ResponderEliminarBoa, Majestade!
Abraço
Impossível fugir a esta "ditadura", mas suporta-se melhor assim, com ironia :)))
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