domingo, 13 de dezembro de 2020

temos o dever de enlouquecer

Estou numa quinta de onde se vêem-se estradas e das estradas também se vê a quinta. A quinta tem porqos e  porqas, os porqos cobrem as porqas e as porqas parem leitões. A quinta foi cercada por nós e por nós é tratada. Todos os homens e mulheres que venceram na vida têm uma quinta. A quinta é o dia do mercado cá da terra. A quinta só se deve meter a partir de uma certa velocidade. Vou ter alta amanhã. Vou deixar o asilo e reentrar no mundo dos loucos e dos porqos. Ainda bem que têm tendência a ser cada vez menos, comem-se uns aos outros mas não parem, emigram por quem os manda, mandam-se da ponte para o rio e para a linha por desespero, mandam-se para a rua da janela dum quinto andar pelos bancos, morrem por falta de assistência num quinto andar. Mandam-se, não se amandam, isso é do verbo amar. O meu médico quer pôr-me a andar. Hoje estou na quinta. Amanhã ando para sexta. O meu médico diz que temos o melhor primeiro ministro desde o 25 de Abril e o segundo melhor desde 28 de Maio. Até na quinta estamos nas mãos deles. Tirem-nos os feriados, os sábados e os domingos mas não nos tirem as quintas! Se um quinto fizer coisa e tal com uma quinta  nasce um cinquentão?! Quinto, cinco, leitão, eu! Estão a ver?! Não estou curado mas vou sair porq é preciso dar espaço ao pandémicos. 

Com que então alta à sexta?! Inimputável eu?! Se milhares de pessoas estão a morrer da pandemia não será nosso dever matar o porqo!? Sim, porqo o destino de qualquer porqo saudável é morrer prematuramente!
Quero os porqos todos em cima da mesa e um feliz Natal para alguns! O quê?! Já se passou?! Quem?! O Natal ou eu?!
Estou a sair de mim! Amanhã saio da quinta. Espero que depois disso este blogue volte à normalidade porqe ao abrigo do novo acordo ortográfico o "u" não se lê e, por isso, também deve sair do porque já me sinto melhor -U!...
Que dia é hoje?

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