O Natal não é um direito nem um dever, não é um presépio nem um ato de fé, não é comer nem comprar, não é dar nem receber, nem é dó nem caridade, não são cartões recebidos ou enviados, nem luzes a apagar e a acender.
O Natal não são pais, nem mães, nem meninos, nem meninas, nem burros, nem vacas, nem perus, nem leitões, nem bacalhaus.
O Natal não são discursos de clérigos, de magistrados ou de estrelas, nem mensagens de boas festas de gente que se julga dona do nosso destino.
- Já me estou a passar! Avé José Putin! Avé Maria
Biden! Avé burro Zellinsky! Avé vaca Ursula von der Leyen! Avé peru Benjamin Netanyahu! Avé
bacalhau Lagarde! Avé leitão Macron! – já me estou a passar! – Costa vai-te!...
Marcelo desopila! Já me estou a passar! Esfolem o nado fascista!
Acreditem no amor!
- Amor desliga-me essa porrra do noticiário!
Lá se foi a presente mensagem de Natal! Descambou-me
o texto, o pensamento, a intenção! Se calhar o Natal é tudo aquilo que eu
disse que não era! Não sei o que é o Natal, é muito esquisito mas não sei o que
é. Devolvam o Natal onde ele pertence, à Palestina.
- Muda para o dois que estão a dar bonecos!
- Vai mas é fazer o presépio!
- Não é preciso, vou imprimir esta foto!
3 comentários:
Muito bem imaginado. Também eu estou farto de toda esta palhaçada, mas só desligar a TV não basta! Talvez atirá-la pela janela fora ajude!
Um texto amargo e duro quanto baste para desalentar qualquer crente.
O Natal consumista, cheio de luzes a piscar e música a espalhar-se pelo ar das ruas das cidades e vilas, é um Natal que não é da minha nem da sua meninice. É, por assim dizer um Natal dos dias de 'hoje'. Já O Natal em tempo de guerra é um Natal de todos os tempos.
Dos nossos avós, pais, nosso e dos nossos filhos e netos.
Celebremos o dia do nascimento de Jesus como celebramos os dias de aniversário dos nossos filhos. Com a alegria possível, festejando com as pessoas possíveis, lembrando os que já partiram, os que estão ausentes e os que gostaríamos ter tido e nunca tivemos.
Feliz Natal, PN!
Fico com inveja
Teu texto
gostava de ter sido
eu a escreve-lo
Abraço natalício
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