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Nos últimos dias a comunicação social popular tem encontrado assunto de entretém nos acontecimentos que tiveram origem na morte dum cidadão por um tiro disparado por um polícia.
Não é com elementos fornecidos por essa comunicação social que vou opinar sobre as circunstâncias em que essa morte aconteceu e, muito menos, fazer julgamento popular de quem foi morto ou de quem matou.
Mas há coisas novas que não costumavam acontecer em casos destes, o líder dum partido com cinquenta deputados disse:
- Nós devíamos agradecer a este polícia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo...
O líder do grupo parlamentar desse partido disse:
- Se calhar, se os polícias disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem.
- Se calhar, se os polícias disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem.
Um assessor dum deles, de ambos ou de quem lhes lava os tomates, escreveu:
- Menos um criminoso... menos um eleitor do Bloco.
É por causa destas e por outras que, hoje mesmo, recusei participar numa almoçarada. Sabia que iria lá estar um "chega assumido" e disse para quem me convidou:
- Não vou porque não me sento à mesa com gente dessa!
- Pois, mas como deves perceber, eu não vou deixar de convidar ninguém por questões políticas!
Claro que aceitei como legítimo o argumento e nem me dei ao exercício de explicar que não eram questões políticas mas civilizacionais. Mas fiquei a pensar em todos aqueles que são do Chega ou, pelo menos, cúmplices das suas alarvidades e barbaridades, sem terem consciência de que o são. Podem até nem votar neles mas lá no fundo, pensam como eles ou pelo menos toleram-nos e convidam-nos para almoçar.
Um cidadão matou, ao serviço do Estado, outro cidadão. Cuidado! Isso deve ser muito bem esclarecido! O resto é palha para "ventrulhas".
5 comentários:
Estando mais focado no contexto do que no caso, ocorreu-me uma canção do Zeca...
Mas quanto ao caso... acabei de ler e assinar a petição: «Ação de cidadãos - Queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto» no endereço https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT122809
Boa?
Se acaso o agente da autoridade - parece que jovem e inexperiente - se sentiu de algum modo ameaçado, não poderia ter impedido a fuga do cidadão com um tiro numa perna, ou assim? Não! Foi logo a matar! Só pode defender e recomendar este procedimento, alguém que não vale o pão que come, quanto mais os 50 lugares que ocupa na AR.
Penso que nas próximas eleições, sejam elas quando forem, nem a malta alentejana que guindou o CHEGA, lhes vai passar cartão...
Voltei, para deixar bem claro algo que me esqueci de frisar. Liguei propositadamente o PC, para isto: A morte, acidental ou não, desse indivíduo, não justifica nem de perto nem de longe, os distúrbios e actos de vandalismo que grassam pelas ruas da capital e não só, em Setúbal têm acontecido brutalidades semelhantes: carros incendiados, contentores queimados, para não falar no estado entre a vida e a morte do condutor do autocarro que foi roubado e atirado contra um muro, incendiando-se de seguida. Se não estiver a ser exacta, peço desculpa. Vi há pouco a alegada companheira do rapaz atingido a ser detida quando tentava incendiar um contentor de lixo e vim recolocar os pontos nos iis.
Obrigada.
Para mim, há que esperar pelas notícias fidignas, o apuramento do inquérito, o resto é pessoal que cospe para o ar! Agora que o Chega se excedeu lá isso excedeu.
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