Os políticos das passadeiras made in EU, o Pastel de Belém, o Bola de Berlim, o que se engravata à grande e à francesa no Eliseu, os opinadores de circunstância ou de profissão e a sempre chamada opinião pública, tremem entre as pernas porque há um novo ator na Casa Blanca, um energúmeno que confunde o Pentágono com a estrela hexagonal, tão perigoso que é capaz de mandar incendiar Roma e o mundo.
Mas se toda esta gente sente esse perigo, porque é que se entusiasma sempre que ele saca do poderio militar para atacar ou ameaçar algum país ou pessoa de nome maior tida como pagã?
- Venezuela? Dá-lhes! Irão? Dá-lhes! Palestina? Dá-lhes! Rússia? Isso é que era! Que seja! Ficaremos então todos unidos à volta de Trump na solução final!
O desenho do figurão tem tal sucesso que, em todas as chamadas democracias, alguém se encarrega de carregar, alimentar e engordar o seu trumpezinho. Eis ao que chegámos: a esperança para o mundo está em Trump e em Portugal está no Andrézinho.
Últimas notícias: Trump consegue a paz entre a Palestina e Israel, o mundo felicita Trump - Trump, Trump, Trump, Nobel da Paz.
Só falta mesmo ouvir o meu vizinho a dizer-me que, no domingo, vai votar em André Ventura porque viu num cartaz que ele é candidato aqui na terra.
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