quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Depois de reconhecermos o casamento gay , está na hora de aceitarmos a poligamia


Qual será mais avançada, uma religião que obrigue à monogamia ou ao celibato ou uma outra que permita a poligamia?

Quando eu andava lá, no seminário, pedi namoro a uma rapariga e ela disse que não porque eu andava no seminário. Ele há cada razão para dizer não!...

Apesar do povo, lá da terra, me elogiar a vontade de querer ser padre e ser da opinião que os padres tinham quantas mulheres queriam, como o caso se tivesse repetido com outras moças acabei por perder a vocação e abandonar o seminário.

Como o seminário me induziu uma maturidade prematura, acabei por começar a sentir inclinação por mulheres mais velhas. Acontece que nas minhas investidas era sempre confrontado com o argumento de que eram casadas! Ele há cada argumento!...

Acabei por casar, note-se, com uma mulher e, a partir daí,  virou tudo do avesso. Virei mais jovem e comecei a apreciar as mulheres mais jovens. Só que, quando abordava alguma, vinha sempre a justificação de que eu era casado. Ele há cada justificação!...

A mulher com quem casei diz que me ama e que não deixaria de me amar por eu ser padre, ela casada ou eu casado. Mas, quando avancei com a proposta avançada da poligamia, ela não percebeu nada das minhas intenções e respondeu-me que para aturar homens já lhe bastava um. Ele há cada uma!...

Como é chalaça velha, essa de se dizer que se dorme com uma pessoa casada, e tenho em muita consideração a opinião do povo, estou a pensar seriamente em reconsiderar a minha vocação, e enveredar pela carreira clerical, até porque, ao que parece, já não existem seminários. Não me venham é depois com a desculpa que "não porque tu és padre!"

Espero bem que não! Voto de celibato sim mas não de castidade!
No fundo, será uma forma de  contornar a proibição da poligamia, indo ao encontro da tolerância popular relativamente às relações do clero com o sexo oposto e de pôr à prova a afirmação e o amor da mulher casada com quem vivo.
Eu até gosto dela mas, afinal de contas, gostar tanto de mulheres e só viver com uma, não é vida!

3 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Topo-te, tens discurso giro
mas, no entanto, machista
eu sou pela igualdade de género

e suponho, que a minha pensa assim

"Eu (ela)até gosto dele mas, afinal de contas, gostar tanto de gajos e só viver com um (eu), não é vida!"

Contudo, tem até aqui
sido assim
(e já lá vão 52 anos
Coitada!)

Pata Negra disse...

Olha Rogério, no meio de tanta ironia, sabes qual foi a reação da minha companheira - ela que lê tudo o que publico, que me dá a volta às pontuações (às vezes mal!) - quando lhe mostrei o teu comentário? - Riu-se!
Ironia das ironias, talvez sejamos nós que não te tenhamos percebido!

Discurso machista? Que é isso rapaz?

Um abraço homem

Maria disse...

Olá Majestade, pois eu acho se já é complicado aturar um só homem nas nossas vidas, o que seria se nos fosse dada a possibilidade de casar com vários simultaneamente . :-)

Acredite, o raciocínio vale para as mulheres : a coisa à distância da nossa possibilidade de união, pode parecer um paraíso mas, uma vez concretizado, lidar com várias ao mesmo tempo, poderia tornar-se um inferno.

É só por isso que o nosso parlamento até pensa em cannabis medicinal, mas em fazer essa multiplicação não lhe ocorre. O que eventualmente traria frutos na subida da taxa de natalidade. Ou seja, devo reconhecer que a ideia poderia não ter só desvantagens. Porque quando várias mulheres se juntam em torno de um mesmo objeto de desejo, vai-se a paz pública e a do pobre também, acredite.

Quanto aos padres a ideia que tenho é que se não casam, vão casando… Mas, nada contra.

Passei por aqui porque tendo já publicado um livrinho de poemas, tenho outro pronto para publicação e decidi deixar aqui a escrutínio um texto, esperando por uma opinião.

Ninguém sabe

Ninguém sabe, nem mesmo adivinha.
Não, ninguém sabe que foi por ti
que me desconstrui e construi, calei, mas vi.

Foi por ti que sou hoje este pedaço de gente
aonde apesar de tudo arde a pequena chama
que me inflama a vida onde demora a dor.

Não ninguém sabe que tudo o que digo,
que tudo o que faço, refaço contigo
Que tudo o que sou é não mais que este
mirífico amor que ora me retém, ora me conduz
por onde vou.

Não, ninguém sabe, nem mesmo adivinha :
O que acertei e o que errei, sem saber bem
até onde e até quando ficaria de pé.

O que sorri e o que silenciosamente chorei.
Tudo o que caminhei, ainda que erraticamente,
foi por ti, para ti, somente para ti ,desde que
te coroei Rei, dentro de mim,
foi sempre para ti que eu vivi.


Maria Portugal
(direitos reservados)
14.11.2018
E aproveitando o jeito brincalhão do seu post, deixo uma cantiguita para lhe animar a tarde monogâmica, como tem que ser, mas nunca monótona, tenho a certeza.

https://binged.it/2RUAiMz

Beijinhos da sua amiga Maria