Quando se compara o actual período que o país vive com o que se passou no início dos anos trinta quase tudo encaixa na perfeição: mil nove e dez de dez do dez –vinte cinco do quatro de setenta e quatro; macheia de anos de democracia, desnorteio e liberdade; desejo de ordem e necessidade de pôr em ordem as contas; Salazar andou no seminário e veio da Beira Alta – Sócrates andou na JSD e veio da Cova da Beira; ambos sem mulher que se lhes atrele, ambos vaidosos, teimosos e determinados; consenso popular à sua volta; contentamento da alta burguesia; criação de riqueza e de pobreza – cotejos não faltam!
Mas não é este devir que me atormenta, que a História que calha a cada geração não vem a votos! O que me assusta é ver o exército de comparsas que se perfila, da concelhia de Barrancos à esquadra da Secreta Desejada, milhares e milhares de portugueses esperam a sua hora de servir a sopa aos pobres. Prontos a colaborar pró que é preciso, ávidos de ocupar o seu lugar!
Alguns conformados com a natureza do regime deste Novo Estado Novo rematam sempre que a comparação é ilegítima porque agora há liberdade de expressão. Pois é, só que os “neo” aprenderam com os erros do passado, deixar falar e passear o pessoal à vontade não machuca patavina a consecução dos seus objectivos. Recordem a altivez e o gozo com que comentam declarações e manifestações de oposição:
- Vivemos em democracia, as pessoas são livres de se manifestarem e nós aceitamos a liberdade de opinião, só que estamos determinados e não vamos recuar uma vírgula, a medida vai ser tomada! Os portugueses sabem…
A limitação não se fica por aqui: a liberdade de expressão só pode ser exercida se for concedida aos cidadãos a capacidade de se saberem exprimir, sem ser através de cortes de via ou de boicote a urnas de voto.
Sócrates é o Salazar dos novos tempos, mergulhámos novamente num Portugal de cinzentos, belmiros batem notas de contentes, a desesperança do peão de rua cobre-lhe o rosto!
Mas não é este devir que me atormenta, que a História que calha a cada geração não vem a votos! O que me assusta é ver o exército de comparsas que se perfila, da concelhia de Barrancos à esquadra da Secreta Desejada, milhares e milhares de portugueses esperam a sua hora de servir a sopa aos pobres. Prontos a colaborar pró que é preciso, ávidos de ocupar o seu lugar!
Alguns conformados com a natureza do regime deste Novo Estado Novo rematam sempre que a comparação é ilegítima porque agora há liberdade de expressão. Pois é, só que os “neo” aprenderam com os erros do passado, deixar falar e passear o pessoal à vontade não machuca patavina a consecução dos seus objectivos. Recordem a altivez e o gozo com que comentam declarações e manifestações de oposição:
- Vivemos em democracia, as pessoas são livres de se manifestarem e nós aceitamos a liberdade de opinião, só que estamos determinados e não vamos recuar uma vírgula, a medida vai ser tomada! Os portugueses sabem…
A limitação não se fica por aqui: a liberdade de expressão só pode ser exercida se for concedida aos cidadãos a capacidade de se saberem exprimir, sem ser através de cortes de via ou de boicote a urnas de voto.
Sócrates é o Salazar dos novos tempos, mergulhámos novamente num Portugal de cinzentos, belmiros batem notas de contentes, a desesperança do peão de rua cobre-lhe o rosto!
1 comentário:
Acredito que o rapaz sócrates não chega aos calcanhares do salazar.
Não por falta de ambição, mas por falta de personalidade.
De tão minado que está o ps,mais dia menos dia jogam-lhe a casca de banana.Não nos podemos esquecer que há milhares de politiquinhos à espera da oportunidade de sacar umas massas dos nossos bolsos.
"CHICO MALTÊS"
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