Pode não se perceber muito bem o significado deste título mas ele pretende traduzir uma sirene de bombeiros.
Nem sequer vou comentar, porque me causa enervamento, os números de sucesso, já apresentados, relativos à área já ardida este ano em comparação com os anos anteriores. Só lhes faltou gabarem-se que a estratégia do governo contra os incêndios em dias de chuva ou nas matas queimadas o ano passado teve um sucesso próximo dos 100%!
Também não vou cair no lugar comum de treinador de bancada apontando causas e atirando receitas.
Vou limitar-me a contar uma história que vivi estes dias e que é bem elucidativa da distância que separa a propaganda das medidas da prática que se vive no terreno.
A senhora Hortense, residente em Lisboa, veio passar uns dias à terra e ficou chocada com o matagal que rodeava a sua casa de herança. Passou pela Câmara, denunciou a situação e voltou para Lisboa. As autoridades vieram ao local perguntaram onde moravam a senhora Hortense e o senhor Manuel Silva, proprietário do matagal. Notificado, o senhor Manuel Silva ficou muito zangado com a senhora Hortense e contrariado lá limpou o mato numa extensão de 50 metros à volta da casa da queixosa.
A propriedade do senhor Manuel tem uma extensão de 500 metros ao longo dos quais confina com mais 8 casas entre as quais se inclui a minha.
As autoridades voltaram, na pessoa de outros agentes, e perguntaram novamente pela casa da senhora Hortense e pela propriedade do senhor Manuel Silva. Apontei-lhes o local e um deles indagou aguardando concordância com o seu palpite: já está limpo num raio de 50 metros!?...
- É capaz! Mas como pode ver existem outras casas em situação de perigo!
- Meu caro senhor, nós viemos apenas responder a uma queixa!
Moral da história: obrigatoriedade da limpeza das matas é mentira!
Nem sequer vou comentar, porque me causa enervamento, os números de sucesso, já apresentados, relativos à área já ardida este ano em comparação com os anos anteriores. Só lhes faltou gabarem-se que a estratégia do governo contra os incêndios em dias de chuva ou nas matas queimadas o ano passado teve um sucesso próximo dos 100%!
Também não vou cair no lugar comum de treinador de bancada apontando causas e atirando receitas.
Vou limitar-me a contar uma história que vivi estes dias e que é bem elucidativa da distância que separa a propaganda das medidas da prática que se vive no terreno.
A senhora Hortense, residente em Lisboa, veio passar uns dias à terra e ficou chocada com o matagal que rodeava a sua casa de herança. Passou pela Câmara, denunciou a situação e voltou para Lisboa. As autoridades vieram ao local perguntaram onde moravam a senhora Hortense e o senhor Manuel Silva, proprietário do matagal. Notificado, o senhor Manuel Silva ficou muito zangado com a senhora Hortense e contrariado lá limpou o mato numa extensão de 50 metros à volta da casa da queixosa.
A propriedade do senhor Manuel tem uma extensão de 500 metros ao longo dos quais confina com mais 8 casas entre as quais se inclui a minha.
As autoridades voltaram, na pessoa de outros agentes, e perguntaram novamente pela casa da senhora Hortense e pela propriedade do senhor Manuel Silva. Apontei-lhes o local e um deles indagou aguardando concordância com o seu palpite: já está limpo num raio de 50 metros!?...
- É capaz! Mas como pode ver existem outras casas em situação de perigo!
- Meu caro senhor, nós viemos apenas responder a uma queixa!
Moral da história: obrigatoriedade da limpeza das matas é mentira!
5 comentários:
O civismo devia começar a ser ensinado nos bancos da escola e, também em casa. Só assim é que haverá respeito pelos outros.
Das autoridades pouco espero, infelizmente.
Cumps
Um convite aos Senhores Agentes para passarem uns dias em casa das imediações talvez os consciencializasse...
É uma tristeza este País !
É muito português pensar que, enquanto o pau vai e volta, descansam as costas. Bem se fazem apelos aos actos de cidadania, mas pelos vistos somos mesmo moles quando nos toca a realizar o que não nos é imposto à bruta.
É pena, mas somos muito assim.
Cumps
Vamos com calma, que ainda o Verão vai a meio. No fim fazem-se as contas. Estes gajos contabilizam a chuva e outros fenómenos meteorológicos como acções preventivas eficazes do (des)Governo.
Abraço.
guardião
o pior é que pouco esperamos de ambas as coisas quer em separado quer juntas.
maria
nem a eles e muito menos a qualquer um, a minha casa não tem muros nem portões e tem adega aberta, quem por aqui passa bebe sempre um copo e se forem mais até pernoita...
zé povinho
esta gente da política pensa que fazer uma lei é a mesma coisa de carregar num botão. Como não conhecem a sociedade nem a máquina, o resultado da sua acção é quase sempre nenhum!
Em síntese: nunca acertam na lei, nem no botão, nem tão pouco no buraco!
corcunda
se o tempo for frio e chuvoso é porque tomaram as medidas mais adequadas, se fizer calor a culpa foi da temperatura! E andamos há trinta anos a ouvir esta cantiga!
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