Embora não faltem descrentes quanto à utilidade DESTA petição a verdade é que a descrença - pelo menos neste caso concreto - não teve razões de ser… Diziam uns que uma petição online era inútil, porque não tinha cobertura legal; outros que era inútil enfrentar o poder imenso da Banca; outros que seria apenas mais uma petição… Mas de facto não foi assim. A Petição fez a diferença, ou melhor, fizeram-na todos os que a assinaram.
Em primeiro lugar, a petição em si alcançou uma dimensão inédita em Portugal. Mereceu alguns artigos na imprensa escrita, escassos tendo em conta a sua dimensão, mas cumprindo uma tradição que é a dos media convencionais parecerem virar sistemáticamente as costas a tudo aquilo que ocorre fora dos meios tradicionais, impressos ou televisivos, e ignorando sobretudo tudo aquilo que não decorre da actividade de um membro da élite mediática que nos governa e que os próprios Media se encarregam de alimentar e municiar periodicamente…
Esta petição não é assim excepção. Se chegou ao espantoso número de 94433 assinaturas tal deveu-se a mensagens de correio electrónico trocadas na Internet portuguesa, pessoa a pessoa, de amigos para amigos e de familiares para familiares, algumas - infelizmente - desvirtuando o texto original da petição e do apelo, mas ainda assim contribuindo para demonstrar que existe todo um mundo de poder participativo adormecido em Portugal que já não se revê nos Partidos para exprimir o seu descontentamento quanto a uma dada situação… Apesar disso, o Sistema ainda depende deles e neste contexto escrevo agora este texto… É que dos 94 mil subscritores houve um que enviou a petição para o grupo parlamentar do PCP e este… Não ignorou a mensagem e a 17 de Julho apresentou uma iniciativa legislativa (Projecto de Lei) “Proibir a introdução de comissões/taxas sobre levantamento de dinheiro em multibancos”. Paralelamente, entregou também um requerimento pedindo ao Governo esclarecimentos sobre estas mais recentes movimentações bancárias…
Eis o Projecto de Lei, conforme apresentado pelo PCP.
Em primeiro lugar, a petição em si alcançou uma dimensão inédita em Portugal. Mereceu alguns artigos na imprensa escrita, escassos tendo em conta a sua dimensão, mas cumprindo uma tradição que é a dos media convencionais parecerem virar sistemáticamente as costas a tudo aquilo que ocorre fora dos meios tradicionais, impressos ou televisivos, e ignorando sobretudo tudo aquilo que não decorre da actividade de um membro da élite mediática que nos governa e que os próprios Media se encarregam de alimentar e municiar periodicamente…
Esta petição não é assim excepção. Se chegou ao espantoso número de 94433 assinaturas tal deveu-se a mensagens de correio electrónico trocadas na Internet portuguesa, pessoa a pessoa, de amigos para amigos e de familiares para familiares, algumas - infelizmente - desvirtuando o texto original da petição e do apelo, mas ainda assim contribuindo para demonstrar que existe todo um mundo de poder participativo adormecido em Portugal que já não se revê nos Partidos para exprimir o seu descontentamento quanto a uma dada situação… Apesar disso, o Sistema ainda depende deles e neste contexto escrevo agora este texto… É que dos 94 mil subscritores houve um que enviou a petição para o grupo parlamentar do PCP e este… Não ignorou a mensagem e a 17 de Julho apresentou uma iniciativa legislativa (Projecto de Lei) “Proibir a introdução de comissões/taxas sobre levantamento de dinheiro em multibancos”. Paralelamente, entregou também um requerimento pedindo ao Governo esclarecimentos sobre estas mais recentes movimentações bancárias…
Eis o Projecto de Lei, conforme apresentado pelo PCP.
Texto com a devida vénia ao Quintus
5 comentários:
Obrigado pela vénia!... Mas seria mais apropriado "veniar" cada um dos quase 95 mil portugueses que já a assinaram (entre os quais se enconta o próprio, parece-me!)
Começa a ser indisfarçável o facto de que muitos de nós não se revêem nos partidos e que os cidadãos também se podem organizar sem a sua intervenção. Este é mais um exemplo disso mesmo.
Abraço
Na verdade, sempre que se produz um som, este tem necessariamente determinado eco...
Muitas vezes há que reunir discernimento bastante que permita saber a melhor maneira de o posicionar tendo em vista determinado propósito.
E , nesta matéria, ter ideias claras sobre o que se pretende em concreto e sobre o que cada Instituição pode dar e a que melhor posicionada se encontra para intervir, é fundamental para se ser bem sucedido.
Em qualquer caso, pior é sempre nada fazer, por se considerar que nada pode ser feito...
Tudo o que seja para travar a prepotência e arrogância da Banca e Seguros é de louvar. Engordam faustosamente à conta dos desgraçadinhos e ainda se pavoneiam gloriosamente atirando com os números dos lucros fabulosos anuais.
Abraço.
clavis
lá por causa disso eu retiro a vénia, sabe são estas tendências culturais orientais! Os quase 95 mil INDIVÍDUOS/CIDADÃOS/PORTUGUESES/PESSOAS/IGUAIS A NÓS OUTROS estão obviamente considerados no seu texto, "veniados" se lhe parecer mais adequado. Esse "parece-me" com que encerra o seu comentário é que...ficamos por aqui e obrigado pela prosa...obrigado eu e os que por aqui passam... disponha sempre!
zé povinho
mas cautela, organizemo-nos fora dos partidos mas não lhe deixemos a suposta legitimidade dos votos. É que o abstencionismo tornou-se a arma dos partidos: deviam votar 10, votam 3, 2 num dão maioria.
- Faço-me entender?!
anónimo
a velha máxima: quem luta às vezes perde, quem não luta perde sempre!
corcunda
os bancos são os principais beneficiários do sistema multibanco
- ai meu Deus! quantos funcionários e balcões seriam precisos?
- só que os tipos sabem-na toda:
criaram-nos o hábito e o "vício" à borla e agora cobram-nos a depedência. Esta prática foi roubada ao mundo da droga!
Ainda vou acabar a comprar uma panela para enterrar no quintal isto se eles não me o venderem.
abraço
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