segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Por minha culpa, minha tão grande culpa

... e peço ao virgem eleitor e aos incidentes e reencidentes, e a vós companheiros que não voteis neles, mas votai, amen! - Pois pá! A culpa é da oposição, dos sindicatos, das associações!
- Pois pá! A culpa é dos empresários, dos funcionários, dos advogados, dos juízes, dos polícias, dos professores, dos padres, dos jovens, dos velhos, das mulheres, dos pretos, das putas, eu sei lá!...
- E tu pá?!
- Eu nem sequer voto pá!
- Pois é pá, és um canário, os canários também não votam pá! São muito bonitos, cantam, vivem na gaiola, mas não votam pá!
- Não me venhas com políticas pá!

E no final eles voltarão a cantar aquela canção:
- Os portugueses escolheram-nos!
E, afinal, foram apenas eles que se escolheram a si próprios!

E, lá vai ficar tudo na mesma pá! Com os mesmos de sempre que nunca mudam nada pá! Das duas uma, ou tu não queres ou tu tens medo que as coisas mudem pá! Como queres tu ter uma palavra a dizer se nem sequer um sinal de cruz és capaz de escrever pá?! Vota pá!

14 comentários:

Mariazinha disse...

Podes crer que vou votar!
Para os Bilderbergers não votei porque odeio essa seita e nem acredito numa europa de vampiros.
Agora pia fino,apesar de me sentir mais que revoltada com o rumo que o país leva e de já não acreditar no pai natal,vou votar e esquecer sectarismos.

Beijokas proletárias

antonio ganhão disse...

Votar nos feios, porcos e maus! Mas sempre à esquerda...

Meg disse...

Pata Negra,

Negra está situação... a cada hora que passa, mais uma acha para a fogueira.
Não sei que te diga. Mas votar. sem dúvida! Apesar dos pesares...

Um abraço acabrunhado

salvo disse...

Sempre. Até a cruz faço com a mão esquerda!

do Zambujal disse...

Boa, pá!

André D'Abô disse...

manda urgentemente algum cheirinho de alecrim, pá!

opolidor disse...

podes crer pá...

Marreta disse...

Pronto meu, tem calma, que eu voto!
Mas se esta merda não mudar já não voto mais e a culpa é tua! Ficas associado a esta decisão. Onde é que eu já ouvi isto...

Saudações cívicas do Marreta.

mescalero disse...

Pata Negra,

Canários?? E então não há abstenção activa ou abstenção consciente como lhe queiras chamar? E o que é isso de votar para mudar as coisas? É uma inversão completa do ónus da responsabilidade: é este sistema de democracia representativa que tem mantido tudo na mesma e a culpa é precisamente de quem vota e com isso legitima o sistema. É como diz a velha máxima, "se votar mudasse alguma coisa, era proibido". Mas pronto, não digo que não compreenda a ilusão de que a esquerda no poder viesse a mudar alguma coisa (embora isso não tenha qualquer sustentação na realidade).

Quanto ao "canários" fizeste-me lembrar o que chamou num seu livro um anarquista cá da terra aos iludidos das eleições: os pintainhos da democracia. Tem mais piada e é bem mais ilustrativo.

abraço abstencionista

mescalero disse...

Faltou ainda dizer que se vota basicamente por empatia e não por opção consciente e informada da política proposta. O que é que isto nos diz da esmagadora maioria dos eleitores e da validade do próprio processo eleitoral?

Quem é que lê os programas eleitorais? As pessoas saberiam responder a perguntas básicas como as que são feitas naquele teste online, a Bússula Eleitoral? Desconfio que muitas teriam uma surpresa com o resultado.

Que mudança é que se pode esperar deste tipo de alienação e desinformação? A resposta só pode ser uma: a entrega voluntária do poder aos mesmos de sempre.

Compadre Alentejano disse...

É preciso votar! Aliás, o mais importante no acto de votar, é saber em quem não votar...De resto, pode-se votar em qualquer um deles...
Um abraço
Compadre Alentejano

lili canecas disse...

Se o voto mudasse alguma coisa seria proibido votar.
Mas eu voto pá e voto com a mão esquerda pá.
bjocas Pata Negra.

AnA disse...

Ui!!!!
Uma pessoa regressa e "aterra" logo no meio do escrutínio eleitoral. Gosto de ver que a Sociedade está a "mexer".
Temos de votar sim, mas devíamos votar mais em consciência.
Kiss e bom trabalho

Blondewithaphd disse...

Sim, de facto, de facto, votamos para ficar tudo na mesmice do costume. Coisa inglória, não? Tanta trabalheira e afinal...