segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Francisco Costa

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo
SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO·
(Autos arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, Maço7)
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".
[agora vem o melhor:]

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".
recebido por e-mail

19 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Pata Negra
Por acaso até já conhecia. Precisávamos duns quantos como ele para fazer face à baixa natalidade.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Tiago R Cardoso disse...

A isso chama-se trabalhar em grande, presume-se que nem parava para almoçar...

Watchdog disse...

AH grande homem! Isto é que é descendência!

Se não puderes aparecer na "Farra" pelo menos organiza uma para os teus lados, que aparecerei com todo o gosto.

1 Abraço!

joshua disse...

Há acusações assim: lisonjeiras!

SEMPRE disse...

A observação do Tiago fez-me rir.É isso mesmo. Sempre a aviar.

MARIA disse...

Majestade,
Pois eu não acredito em tanta habilidade e potencial.
É certo que o homem por inerência de ofício, contaria com a ajuda dos céus, mas mesmo assim, fossemos nós submeter a maioria dessas crianças a teste de DNA e logo se veria ...
Então como é que podia ser isso ?
Pelo menos uma missa em legítimo latim o homem diria por dia, não é ?
Não restava nem tempo.
Nem falemos de outras coisas ...
São os piores...
Publicidade enganosa...

Abrenúncio disse...

Nem o Zézé Camarinha com a Linda Lovelace conseguiam tamanha performance!
Saudações do Marreta.

Post Scriptum: E não é que se calhar sou descendente do prior?...

Robin Hood disse...

Acreditem em mim, descendentes de padres não nos fazem cá falta.O homem devia ter sido morto e os seus descendentes deportados. Começo a perceber porque chegámos à iniquidade que temos.

Oliva verde disse...

Afinal não vejo onde está o grande feito do homem!!!!
Ele, apenas, "dormiu" com 53 mulheres!!
Como estas mulheres tiveram 299 filhos, isto dá, em média, menos de 7 filhos/mulher.
Assim sendo, supondo que o "trabalhinho" durou 7 anos (um ano por cada filho/mulher!), o homem só tinha que estar "pronto para outra" pouco mais que 1 vez por semana!!!!
Grande coisa!!!
Por muitas missas que tivesse que rezar, como também não fazia mais nada....Ora!

carlos filipe disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
carlos filipe disse...

Pata Negra, Pata Negra
que grande reprodutor
este cónego de Trancoso
tinha por isso valor.

Nesta era portuguesa
de dom Sócrates, o senhor,
não é capaz da proeza
nem de outra bem menor.

Pata Negra, Pata Negra
até nisso estamos pior!

Jorge P. Guedes disse...

A história do prior de Trancoso é uma das mais engraçadas de que há relato.
Já lhe dediquei um número, creio que no Sino da Aldeia, faz já algum tempo.
Soube-me bem recordá-la.
Com todo o respeito questiono: Quantos beirões poderão garantir não serem longínquos descendentes deste "puro-sangue" lusitano quatrocentista?

Um abraço.
Jorge G.

Meg disse...

Pois foi no Sino da Aldeia, aqui do amigo que me qntecede, o Mocho-Real, antes do Verão passado, que li esta histótia, com direito a fotografia do dito e tudo.

Aquele homem cortava a direito, nem a mãe escapou...e mais não digo, por desnecessário.

Vá lá que lhe valeu o rei!!!
Solidariedade masculina.

Um abraço

Zé Povinho disse...

Um verdadeiro barrasco, como se costumava dizer.
Abraço do Zé

sol poente disse...

Pata Negra
O Sol Poente não gosta de quem é contra os direitos humanos. Logo o rei não devia matar semelhante reprodutor.


Adere à postagem colectiva de amanhã em defesa da inocência e contra a pedofilia.
Uma abraço não reprodutor

A. João Soares disse...

E fez sua majestade muito bem, porque se ele não se preocupasse com o povoamento do interior, não podiam os governos da nossa época «brilhar» a desertificar tais regiões remotas!!!
Não é preciso ir ao estrangeiro copiar modelos que não nos assentam bem, pois cá no rectângulo temos boas lições que merecem ser conhecidas e postas em prática.
Só que a ignorância dos governantes os impede de ver um pouco além do nariz.
Abraço
Um abraço

AJB - martelo disse...

será que que el-rei D. João II era contra a pena de morte? ou precisaria do vigério para lhe legar descendência do reino?


não se sabe...

Filomena Ferreira disse...

O homem devia estar no Guiness, até a própria mãe não escapou...E o sacristão?
Um abraço
Compadre Alentejano