Outubro Outono.
O velho do banco em frente ao lago
já traz um sobretudo...
Um cão sem dono.
O breve voo das folhas
faz-me pensar o Verão...
Um sorriso é o jardim.
Certas árvores caducas partiram.
Que seria de mim sem o tabaco?!...
O último pataco dá pra um copo.
Esta época o tio António não precisou de mim para as vindimas!
Não me importo!
Há um pato no lago.
Tenho fome.
Pró ano vou para o Alentejo guardar gado.
Doméstico, claro!
E era só!
Vou perguntar ao velho se tem nome!
(5 de Outubro? - Viva a República! Viva o Rei!... dos Leitões!...)
12 comentários:
Já agora também podias tentar saber o do cão.
É o dia da implantação da república mas também é o dia do Sporting-Porto, eu por mim fico a torcer pelo árbitro!
Hoje estará muita gente ao lado do empata.
O nome da fome.
PALAVROSSAVRVS REX
muito bem escrito e viva o Rei, sim senhor.
Tem... tem milhares de nomes....
Grande quadro!
Abraço
Já acompanho este blog pelo menos há dois anos e já sentia a falta de ver a expressividade e especialíssima sensibilidade com que vê o Outuno, Vª Majestade.
Lindo poema, translúcido, revelando o quanto dolorosas são todas as metamorfoses.
Que a construção da metamorfose política e social tão necessária e que de todos nós depende um pouco , nunca nos roube a Primavera ...
Também gosto das cores do outuno.
Descobri o blog do autor do poema que lhe deixo sobre o outono e que sei certamente também irá apreciar.
É assim :
Impiedoso Setembro …
Traz a balada de Outono
Que muda na folha as cores
Seduz e despe as flores
Num sestro de abandono...
Em toada persistente
As folhas , essas coitadas
Vão caindo lentamente
Das àrvores amarguradas
Ao ficarem desnudadas
De cada folha cadente...
Será que uma folha sente
Na despedida a tristeza ?…
Como dom da Natureza !…
E que em secreta amargura
Sofre, mas nunca se queixa
Como alguém que a Pátria deixa
Por destino ou desventura ?!…
E em cada folha caída
Resta uma angústia profunda
Num frágil sopro de vida
A sussurrar moribunda:
Não fez sentido viver
Esta tão curta existência…
Outono… Sem clemência
Tão cedo me fez morrer !…
Euclides Cavaco
***
Lembrei ainda que já Zeca Afonso entoava a " Balada do Outono "
e que até hoje bem podem as ribeiras carregar nossas lágrimas...
Mas não deixemos de falar, de cantar ...
http://www.youtube.com/watch?v=ojj5FY3sVy4
Um beijinho amigo
Maria
Viva o Rei dos Leitões
Um Rei que ama o povo, que aprecia as coisas simples, que distingue o justo do injusto e que sabe fazer poesia.
Um Rei como já não se fabrica.
Não quero a república. Quero antes uma monarquia governada pelo Rei dos Leitões.
VIVÓ REI DOS LEITTÕES
Não há dúvida de que esta época nos traz a nostalgia do Verão, afinal tão curto... Mas é necessária ao renascer dos combates, da luta política!
Um abraço revolucionário
Quando é que te tornas presidente dos leitões?
Saudações do Marreta.
Cheira a revolução em revolucionaria.wordpress.com
Pastor
Toda a vida fui pastor
Toda a vida guardei gado
Tenho uma cova no peito
De me encostar ao cajado
De me encostar ao cajado
Lá nos campos ao rigor
Toda a vida guardei gado
Toda a vida fui pastor
Já está na altura de mudar
o nome para "Rei dos Barrascos"
Dna. Graça, Tânia tb guardar
gado doméstico...não acha que
tem de pensar em mudar de nome?
Tem a sua piada sim senhor... bom
sentido de humor. O amigo dava um bom actor de cinema ou de teatro
nunca pensou nisso?
Um forte abraço embarrascado
Quantos nomes terá o velho?
Mais uma boa incursão na poesia graças à inspiração Outonal.
República? Onde?
Boa semana
Viva a República
das
bananas
"Que não nos encerrem o bar da esquina"
(Sabina)
Que a melancolia do Outono te aqueça a alma, para que possamos disfrutar das tuas palavras, grande camarada
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