domingo, 5 de outubro de 2008

No Jardim

Outubro Outono.

O velho do banco em frente ao lago
já traz um sobretudo...

Um cão sem dono.

O breve voo das folhas
faz-me pensar o Verão...

Um sorriso é o jardim.

Certas árvores caducas partiram.
Que seria de mim sem o tabaco?!...

O último pataco dá pra um copo.

Esta época o tio António não precisou de mim para as vindimas!
Não me importo!

Há um pato no lago.


Tenho fome.

Pró ano vou para o Alentejo guardar gado.
Doméstico, claro!

E era só!
Vou perguntar ao velho se tem nome!

(5 de Outubro? - Viva a República! Viva o Rei!... dos Leitões!...)

12 comentários:

Anónimo disse...

Já agora também podias tentar saber o do cão.

É o dia da implantação da república mas também é o dia do Sporting-Porto, eu por mim fico a torcer pelo árbitro!

Hoje estará muita gente ao lado do empata.

joshua disse...

O nome da fome.

PALAVROSSAVRVS REX

Tiago R Cardoso disse...

muito bem escrito e viva o Rei, sim senhor.

samuel disse...

Tem... tem milhares de nomes....
Grande quadro!

Abraço

MARIA disse...

Já acompanho este blog pelo menos há dois anos e já sentia a falta de ver a expressividade e especialíssima sensibilidade com que vê o Outuno, Vª Majestade.
Lindo poema, translúcido, revelando o quanto dolorosas são todas as metamorfoses.
Que a construção da metamorfose política e social tão necessária e que de todos nós depende um pouco , nunca nos roube a Primavera ...

Também gosto das cores do outuno.
Descobri o blog do autor do poema que lhe deixo sobre o outono e que sei certamente também irá apreciar.
É assim :

Impiedoso Setembro …
Traz a balada de Outono
Que muda na folha as cores
Seduz e despe as flores
Num sestro de abandono...

Em toada persistente
As folhas , essas coitadas
Vão caindo lentamente
Das àrvores amarguradas
Ao ficarem desnudadas
De cada folha cadente...

Será que uma folha sente
Na despedida a tristeza ?…
Como dom da Natureza !…
E que em secreta amargura
Sofre, mas nunca se queixa
Como alguém que a Pátria deixa
Por destino ou desventura ?!…

E em cada folha caída
Resta uma angústia profunda
Num frágil sopro de vida
A sussurrar moribunda:
Não fez sentido viver
Esta tão curta existência…
Outono… Sem clemência
Tão cedo me fez morrer !…

Euclides Cavaco
***
Lembrei ainda que já Zeca Afonso entoava a " Balada do Outono "
e que até hoje bem podem as ribeiras carregar nossas lágrimas...
Mas não deixemos de falar, de cantar ...

http://www.youtube.com/watch?v=ojj5FY3sVy4


Um beijinho amigo

Maria

SILÊNCIO CULPADO disse...

Viva o Rei dos Leitões
Um Rei que ama o povo, que aprecia as coisas simples, que distingue o justo do injusto e que sabe fazer poesia.
Um Rei como já não se fabrica.
Não quero a república. Quero antes uma monarquia governada pelo Rei dos Leitões.

VIVÓ REI DOS LEITTÕES

Anónimo disse...

Não há dúvida de que esta época nos traz a nostalgia do Verão, afinal tão curto... Mas é necessária ao renascer dos combates, da luta política!

Um abraço revolucionário

Abrenúncio disse...

Quando é que te tornas presidente dos leitões?
Saudações do Marreta.

Cheira a revolução em revolucionaria.wordpress.com

Anónimo disse...

Pastor

Toda a vida fui pastor
Toda a vida guardei gado
Tenho uma cova no peito
De me encostar ao cajado

De me encostar ao cajado
Lá nos campos ao rigor
Toda a vida guardei gado
Toda a vida fui pastor

Já está na altura de mudar
o nome para "Rei dos Barrascos"
Dna. Graça, Tânia tb guardar
gado doméstico...não acha que
tem de pensar em mudar de nome?
Tem a sua piada sim senhor... bom
sentido de humor. O amigo dava um bom actor de cinema ou de teatro
nunca pensou nisso?

Um forte abraço embarrascado

Zé Povinho disse...

Quantos nomes terá o velho?
Mais uma boa incursão na poesia graças à inspiração Outonal.
República? Onde?
Boa semana

aDesenhar disse...

Viva a República
das
bananas

Camolas disse...

"Que não nos encerrem o bar da esquina"
(Sabina)

Que a melancolia do Outono te aqueça a alma, para que possamos disfrutar das tuas palavras, grande camarada