Há um novo partido, em Portugal, que não está sujeito às regras de tetos de gastos de campanha: chama-se Partido dos Gatos Fedorentos, e tem como única linha programática manter a estupidez média do Português, abaixo da média, num nível de estabilidade médio de estupidez estável.
É uma imagem à qual recorro muito, e nem sequer é minha, é da Sociologia, campo ao qual sou totalmente alheio, a da chamada "Mulher Alibi". A Mulher Alibi, que muitas vezes é um homem, ou um grupo, é uma voz individual, ou coletiva, com lugar no palco dos que têm forte audiência. O seu papel é elementar: trata-se de um dos membros do Sistema que é subsidiado para fazer o papel de quem está CONTRA o Sistema. O princípio é aristotélico e catártico: enquanto o pagode se entretem com as pseudocríticas regurgitadas pela Mulher Alibi, vai diluindo as tensões que poderia ter, e os instintos de se tornar agressivo, agarrar numa moca, e ir direto àquelas caras que são o Sistema. Quando a Mulher Alibi satiriza o Pinto da Costa, o Paulo Pedroso, o Sócrates ou gentalha afim, a raiva coletiva esvai-se no espetáculo intermédio e nunca se atreve aos fins finais, cuja magnitude e extensão vindicativa poderiam ser devastadoras. Os Gatos Fedorentos, como aquela cadela do Eixo do Mal, a Quadratura das Bestas, em tempos, o cocainómano Esteves Cardoso e afins desempenhavam o mesmo papel. Um dia acabarei a engolir o meu próprio veneno, e a perceber que o tempo perdido pelos meus leitores nas divagações do "Arrebenta" também poderão ser engavetadas, nalgum investigador das eras futuras, na mesma gaveta... Sim, não estou livre de ser cronologicamente taxado de Mulher Alibi, mas deixo essa reflexão para os vossos filhos e netos, e passo adiante, que não sou futurólogo, nem masoquista.
Interessa-me agora o presente, e saber o que leva a SIC, creio (?), a pagar a um bando de indivíduos cuja única finalidade é embrutecer ainda mais o pensamento médio, médio baixo, e baixo, das plateias, a aparecer no meio de uma campanha eleitoral, para a descarga de justas energias da massa eleitoral, em plena efervescência.
Quem os paga, a quem servem, e qual a sua finalidade?...
Para mim, a resposta é evidente, mas fica aqui lançada como pergunta, para que, ao contrário de verem os resultados medíocres dessa equipa, PENSAREM um pouco no que vos cerca, e cesso aqui o assunto, porque o que realmente me vai consolar, depois do terramoto de 27 de Setembro, são as virgens púdicas do Bloco de Esquerda que se vão encostar ao Poder, qualquer que ele seja. Tudo indica irmos ter uma minoritaríssima Ferreira Leite, que, se continuar a tocar na tecla da independência e do levantar a cabeça contra os interesses ibéricos talvez se ponha a jeito para uma votação na qual nunca terá pensado... Não é por acaso, nem por humor, que bandeiras monárquicas foram içadas em Cascais e no Porto. Queriam tão só dizer, Português, lembra-te de que houve um tempo em que começaste, porque quiseste e precisaste, de ser Português, e esse sonho está agora em risco.
Com Manuela Ferreira Leite, choverão queijos limianos e zitas seabras, desta vez, a saírem do saco de gatos assanhados a que se usa chamar Bloco de Esquerda, prontos para defenderem TGVs, Contenções Orçamentais, e, por que não, a consolidação dos passivos do BPP. Ana Drago tornar-se-á confidente do Padre Feytor Pinto, e Fernando Rosas irá de mão dada com o Padre Melícias saber se o Guterres ainda anda a mamar leitinho Opus da Vaz Pinto. Vai ser um amor, uma coisa piedosa, e que nos vai cortar o coração, porque nós gostamos, sempre gostámos, de pessoas disponíveis para ajudar o vizinho. É a Síndroma do Empresta me uma colher de açúcar, quando, no fundo, o que o levou a bater à porta da vizinha era uma sublime ânsia de minete. Eu sei que é feio, mas a isto chamar-se Real Politik, e vai ser o cenário Outono/Inverno, para Portugal. Na terminologia da minha doméstica, vai ser um salve se quem puder.
É uma imagem à qual recorro muito, e nem sequer é minha, é da Sociologia, campo ao qual sou totalmente alheio, a da chamada "Mulher Alibi". A Mulher Alibi, que muitas vezes é um homem, ou um grupo, é uma voz individual, ou coletiva, com lugar no palco dos que têm forte audiência. O seu papel é elementar: trata-se de um dos membros do Sistema que é subsidiado para fazer o papel de quem está CONTRA o Sistema. O princípio é aristotélico e catártico: enquanto o pagode se entretem com as pseudocríticas regurgitadas pela Mulher Alibi, vai diluindo as tensões que poderia ter, e os instintos de se tornar agressivo, agarrar numa moca, e ir direto àquelas caras que são o Sistema. Quando a Mulher Alibi satiriza o Pinto da Costa, o Paulo Pedroso, o Sócrates ou gentalha afim, a raiva coletiva esvai-se no espetáculo intermédio e nunca se atreve aos fins finais, cuja magnitude e extensão vindicativa poderiam ser devastadoras. Os Gatos Fedorentos, como aquela cadela do Eixo do Mal, a Quadratura das Bestas, em tempos, o cocainómano Esteves Cardoso e afins desempenhavam o mesmo papel. Um dia acabarei a engolir o meu próprio veneno, e a perceber que o tempo perdido pelos meus leitores nas divagações do "Arrebenta" também poderão ser engavetadas, nalgum investigador das eras futuras, na mesma gaveta... Sim, não estou livre de ser cronologicamente taxado de Mulher Alibi, mas deixo essa reflexão para os vossos filhos e netos, e passo adiante, que não sou futurólogo, nem masoquista.
Interessa-me agora o presente, e saber o que leva a SIC, creio (?), a pagar a um bando de indivíduos cuja única finalidade é embrutecer ainda mais o pensamento médio, médio baixo, e baixo, das plateias, a aparecer no meio de uma campanha eleitoral, para a descarga de justas energias da massa eleitoral, em plena efervescência.
Quem os paga, a quem servem, e qual a sua finalidade?...
Para mim, a resposta é evidente, mas fica aqui lançada como pergunta, para que, ao contrário de verem os resultados medíocres dessa equipa, PENSAREM um pouco no que vos cerca, e cesso aqui o assunto, porque o que realmente me vai consolar, depois do terramoto de 27 de Setembro, são as virgens púdicas do Bloco de Esquerda que se vão encostar ao Poder, qualquer que ele seja. Tudo indica irmos ter uma minoritaríssima Ferreira Leite, que, se continuar a tocar na tecla da independência e do levantar a cabeça contra os interesses ibéricos talvez se ponha a jeito para uma votação na qual nunca terá pensado... Não é por acaso, nem por humor, que bandeiras monárquicas foram içadas em Cascais e no Porto. Queriam tão só dizer, Português, lembra-te de que houve um tempo em que começaste, porque quiseste e precisaste, de ser Português, e esse sonho está agora em risco.
Com Manuela Ferreira Leite, choverão queijos limianos e zitas seabras, desta vez, a saírem do saco de gatos assanhados a que se usa chamar Bloco de Esquerda, prontos para defenderem TGVs, Contenções Orçamentais, e, por que não, a consolidação dos passivos do BPP. Ana Drago tornar-se-á confidente do Padre Feytor Pinto, e Fernando Rosas irá de mão dada com o Padre Melícias saber se o Guterres ainda anda a mamar leitinho Opus da Vaz Pinto. Vai ser um amor, uma coisa piedosa, e que nos vai cortar o coração, porque nós gostamos, sempre gostámos, de pessoas disponíveis para ajudar o vizinho. É a Síndroma do Empresta me uma colher de açúcar, quando, no fundo, o que o levou a bater à porta da vizinha era uma sublime ânsia de minete. Eu sei que é feio, mas a isto chamar-se Real Politik, e vai ser o cenário Outono/Inverno, para Portugal. Na terminologia da minha doméstica, vai ser um salve se quem puder.
(Provocatório, no Aventar, no A Sinistra Ministra, no Arrebenta-Sol, no Democracia em Portugal, no Klandestino e em The Braganza Mothers)... e também no Rei dos Leittões
11 comentários:
Copiar e colar os textos e ideias dos outros é fácil, é barato mas nem dá sequer tostões e não prestigia o papagaio. Fale por si, diga o que pensa. Dê a SUA opinião sobre o programa dos Gatos e fundamente-a. Mostre que é capaz de não precisar das muletas de outros para avaliar o programa e indicar os seus defeitos e virtudes - se achar que as há.
Olha, olha o Manuel picou-se com alguma coisa e o pior é que se calhar ficou com alergia. E eu que nem sequer lhe posso mandar um anti-histamínico, porque nem sequer sei onde pousa o pote. Não se pode ser prestável sempre que se quer. Olhe meu amigo, vá à pharmácia, mas tem que ser a uma de serviço.
Realmente, muito pouco usual este texto neste blog. O bobo da corte sempre teve o seu lugar. Como sei que não consigo ver-me livre de Sócrates ou da MFL, ao menos divirto-me a vê-los engolir a sua passagem pelos Gatos, fingindo-se aquilo que não são.
Bem, mas as próprias eleições também são uma espécie de mulher Alibi. Quem está contra o sistema descarrega ali as suas energias e esperanças e no final, como é sabido, tudo continuará na mesma. As eleições fazem o papel de escapatória para quem está contra.
Manuel, há muito que o aguardava. Ao fim de 553 postagens e 4 522 comentários recebo, finalmente, o primeiro comentário provocatório.
Pois aqui tem a sua resposta:
- NEM SEQUER LHE RESPONDO!
Um abraço e as melhoras
Pata Negra, meu amigo,
Já estive aqui antes e não comentei porque me incomodam sobremaneira os manueis anónimos. Depois voltei e achei o comentário do Salvoconduto, de uma educação e uma calma a toda a prova...e com um nível que o provocador não merecia; subscrevo-o se ele mo consentir.
Agora, a ti dou-te os parabéns por tudo o que publicas.
Sobre o post propriamente dito, fizeste muito bem em trazê-lo para aqui.
Estou zangada. Odeio manéis!E anónimos!
Um abraço e saudades
Adorei a réplica do Pata Negra:
- NEM SEQUER LHE RESPONDO!
Este argumento arruma com qualquer um. Eu confesso, fiquei sem palavras. E sem saber se o tal Pata Negra tem cabeça para pensar por si...
Olá Majestade.
Que texto extraordinário, impressivo, inteligente, forte e significativo como tudo o que se publica em geral, por aqui, neste seu espaço!
Não sei quem primeiro o pensou.
Mas deixe-me pensar consigo.
Porque quem pensa em algo que alguém pensou e lhe encontra um sentido, é por certo inteligente.
Triste é falar, muitas vezes, passando aos outros a imagem de nada pensar de todo ...
Mas esse risco não corre Vª Majestade...
Um beijinho sempre amigo.
Maria
Olha outra!
Tudo o que sua majestade escreve é sublime, extraordinário, inteligente, imprecivo (ou impreciso?), excepcional, perspicaz, estimulante, eu sei lá. Só topei o Pata Negra há dias mas, pelo que leio, deve ser cá um borracho… Todas as gajas lhe estão rendidas. Avante Camarada que a vida são dois dias! Entretanto deixe aqui uma ideiazita SUA sobre a política em Portugal antes das eleições. Depois das eleições não vale. AGORA é que é o momento. Se o não fizer AGORA as suas admiradoras vão adivinhar que os não tem no sítio e podem trocá-lo por outro mais abonado. Vá por mim!
Manuel, olá, muito prazer em conhecê-lo.
Pelo teor do seu comentário já percebi em que zona do corpo se fazem sentir mais os seus neurónios...
No cotovelo, não é ?!...
Pois é, quando acontece até causa falta de ar ...
Beijinhossss
Maria
Manuel, será que tem assim tantos ciúmes do Pata Negra ou é dor de corno.
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