quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Canção de Setembro

Arraial Popular e Verão

Quem são os deuses a quem se dirigem os foguetes que rasgam o ceú
Quem foram os homens que rasgaram o véu da mulher-a-dias

Canção de Setembro tentando ainda o vinho velho
pelas suas histórias, pelas suas alegrias

Desgraça de viúvos desencantados
que entregam seus cabelos à desordem
Partem os filhos homens à espera do ano de regresso
Lá para o meio da vida quando os filhos a tiverem no começo

o meu piano está coberto de poeira
e cria flores
e queria esperança e graça

a Este são dores
as cores da nossa casa

No Inverno de Paris ouvir-se-ão as melodias do Verão de cá
(a todos os conterrâneos emigrantes lá)

8 comentários:

Zé Povinho disse...

O ritual cumpre-se a cada ano que passa.
Abraço do Zé

opolidor disse...

Desta vez foi coisa séria...

abraço

mfm disse...

Mudam-se os tempos, mas não as vontades. Hoje como ontem os nossos conterrâneos têm de procurar outras paragens.

do Zambujal disse...

Onde se viu isto? Um porco poeta! Andar de bicicleta jã sabia, agora fazer poesia (e da boa!)...

Perdão... não é porco, é leittão e majestade!

Parabéns e abraço

Zorze disse...

A vida, sem dúvida, tem destas coisas... A poesia mentalizada e metabolizada.

Será que é neste fim-de-semana, que finalmente tenho o prazer de conhecer o Pata Negra, na mesa e à conversa?

Pelos menos a alma, já se conhece.

Abraço.

MARIA disse...

Gostei desta elegia poética a Setembro Majestade.

Um beijinho amigo
Maria

MARIA disse...

Gostei desta elegia poética a Setembro Majestade.

Um beijinho amigo
Maria

André D'Abô disse...

desempoeirei o piano do setembro daqui com estes versos setembrinos.
abraços além-marinos!!