sábado, 30 de junho de 2012

Uma mosca na sopa

Hoje ao jantar senti-me tão cansado que caí com a cabeça no prato da sopa. Se fosse só isso!...

Senti-me mosca quando supus que me o senti. Fui mosca quando me comparei a mosca. E senti-me uma alma mosca, dormi-me mosca, senti-me fechado mosca. E o horror maior é que ao mesmo tempo me senti eu. Sem querer ergui os olhos para a direção do teto, não baixasse sobre mim uma régua suprema, a esmagar-me, como eu poderia esmagar aquela mosca. Felizmente, quando baixei os  olhos, a mosca, sem ruído, que eu ouvisse, desaparecera. O escritório involuntário estava outra vez sem filosofia.

É claro que já não comi a sopa.
A razão principal de eu escrever sobre isto não é o facto de eu ter caído com a cabeça no prato. A razão principal prende-se com o facto de saber se este naco de prosa tem nexo e se, sendo prosa, eu como mosca posso fazer poesia. É que há quem ache que as moscas não têm poesia.

7 comentários:

maceta disse...

olha que até uma mosca pode engrossar a sopa...nos tempos que correm não se pode desperdiçar nada.

abraço

D"SUL disse...

Olha tu estavas com o efeito da mosca, mas cá no SUL tivemos que comer a sopinha à pressa com medo que caísse um helicóptero, daqueles que o governo vai pagar mas não vai ter....

jrd disse...

O problema não está nas moscas o problema está nos sítios por onde elas andam...

M A R I A disse...

A mim quando me dá a mosca, também não escolhe tempo , nem lugar.
O que fez à sopa ?
Aposto que a apaladou. Por certo ficou ao point no sal e na pimentinha, deve ter ficado uma delícia. Eu não desperdiçava. Isso é que não, então neste tempo de crise não pode assim dispensar-se alimento.
Como ? Se a mosca faz poesia ? Lá música, pelo menos, ela faz-nos chegar aos ouvidos.
E toda a música tem certa poesia.
Logo, julgo decidida a questão. E que caso julgado se faça da decisão.:-)

O Rei a precisar de férias... também é de entender, mesmo na falta do subsídio a necessidade de descanso não nos leva a p-r-a da Troika...


Um beijinho amigo,
Maria

Zé Povinho disse...

Quando estamos com a mosca a poesia flui como um zumbido, é preciso é encontrar um descodificador que retire os palavrões que podem surgir quando menos se espera.
Abraço do Zé (com a mosca)

O Puma disse...

Essa mosca devia ter sido comida

de olhos fechados
Seria o seu último desejo
é como a fruta com bicho
a melhor

Abraço

Anónimo disse...

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