terça-feira, 16 de outubro de 2012

A crise que tudo leva

São dez ilhas
Gritam de alegria quando chove
Veio a crise
Ficaram nove

São nove ilhas
Com o mesmo sentimento a bater no peito
Veio a crise
Ficaram oito

São oito ilhas
Com tanta gente
Veio a crise
Ficaram sete

São sete ilhas
Que querem acabar com a crise deveis
Veio a crise
Ficaram seis

São seis ilhas
Por aqui até os homens usam brinco
Veio a maldita crise
Ficaram cinco

São cinco ilhas
Gostam de musica, dança e teatro
Veio a crise
Ficaram quatro

São quatro ilhas
Que sabem falar português
Veio a crise
Ficaram três

São três ilhas
As mulheres vestem para não ficarem nuas
Veio a crise
Ficaram duas

São duas ilhas
Esperança? Resta alguma
Veio a crise
Ficou apenas uma

Uma ilha
Que sozinha brilha
Apenas uma
Que luta para que a crise durma 

7 comentários:

jrd disse...

Um bele poema. Uma ilha contra o mar impiedoso.

Abraco

Anónimo disse...

Para ti poeta e outrora meu "camarada" blogsférico:

http://www.poetryfoundation.org/poetrymagazine/

de um desaparecido em combate

cid simoes disse...

Para que a crise morra.
Porra!

Pata Negra disse...

Anónimo, que camarada é esse? Para te dar um abraço preciso de saber o teu tamanho!
e-mail: reidosleittoes@gmail.com

Zé Povinho disse...

Não estamos sozinhos como a tal ilha, mas ainda nos falta algo para se conseguir a verdadeira união.
Abraço do Zé

O Puma disse...

Não basta ter razão

é preciso sair da ilha

navegar navegar
mesmo que a voz nos doa

maceta disse...

já o botas dizia que sozinhos mas orgulhosos... não sei de quê...

abraço