São dez ilhas
Gritam de alegria quando chove
Veio a crise
Ficaram nove
São nove ilhas
Com o mesmo sentimento a bater no peito
Veio a crise
Ficaram oito
São oito ilhas
Com tanta gente
Veio a crise
Ficaram sete
São sete ilhas
Que querem acabar com a crise deveis
Veio a crise
Ficaram seis
São seis ilhas
Por aqui até os homens usam brinco
Veio a maldita crise
Ficaram cinco
São cinco ilhas
Gostam de musica, dança e teatro
Veio a crise
Ficaram quatro
São quatro ilhas
Que sabem falar português
Veio a crise
Ficaram três
São três ilhas
As mulheres vestem para não ficarem nuas
Veio a crise
Ficaram duas
São duas ilhas
Esperança? Resta alguma
Veio a crise
Ficou apenas uma
Uma ilha
Que sozinha brilha
Apenas uma
Que luta para que a crise durma
7 comentários:
Um bele poema. Uma ilha contra o mar impiedoso.
Abraco
Para ti poeta e outrora meu "camarada" blogsférico:
http://www.poetryfoundation.org/poetrymagazine/
de um desaparecido em combate
Para que a crise morra.
Porra!
Anónimo, que camarada é esse? Para te dar um abraço preciso de saber o teu tamanho!
e-mail: reidosleittoes@gmail.com
Não estamos sozinhos como a tal ilha, mas ainda nos falta algo para se conseguir a verdadeira união.
Abraço do Zé
Não basta ter razão
é preciso sair da ilha
navegar navegar
mesmo que a voz nos doa
já o botas dizia que sozinhos mas orgulhosos... não sei de quê...
abraço
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