É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga
3 comentários:
Tão especial como só Torga sabia ser. Cada vez mais me apaixona a escrita de Torga e tudo o que vou conhecendo da sua personalidade.
Obrigada, não conhecia este poema. Gostei muito.
Torga, imortal !
Um abraço.
Diria antes a loucura mansa da fúria que todos temos. Até um dia...
Abraço
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