quinta-feira, 20 de junho de 2013

Não estou para isto

Não tenho um blogue pra dizer bacoradas
Não compro o jornal para ler novidades
Não ligo a televisão para saber verdades
Não ligo o fogão para fazer sardinhadas

Não tenho frigorífico pra arrefecer o tinto
Não bebo para não perder a calma
Não trabalho para aquecer a alma
Não me manifesto por aquilo que sinto

As leis não são para defender o poder
São para proteger quem não o tem
A constituição é a lei mãe

Tudo são direitos que nos reconhecem
Mas não nos reconhecem o direito dos usar
Era para trabalhar em soneto
Acabei em  merda
Tenho uma vontade incontida de fazer merda
Sem ter de cagar para isto tudo
Os cães estão raivosos
e as pessoas fogem para o aconchego dos seus gatos

Um dia destes acordamos com um parlamento modelo americano, com a lei de deus, sem sindicatos, sem televisão pública, sem jornais e com filtros poderosos na internet. Os eleitores prometem abster-se, desde que não lhe desliguem o frigorífico, que a televisão fale do Mourinho e que a sardinha possa ser assada sem licença!
De facto temos uma missão difícil em mãos: vencer estes cabrões!
(esta bacorada saiu-me assim, sem jeito e desconchavada, como quem atira merda a quem lhe atira areia, porque dei por mim, de caras, com um cachopo da JSD a perguntar não sei quê porque queria saber não sei quanto em nome de não sei que santo... estou fora de mim... ai)

16 comentários:

Olinda disse...

Os cachopos da JSD,jâ cheiram a Cruz Suâstica,sô nao se emplumam,porque ainda nao estao ä vontade.Gostei do texto.

José Rodrigues disse...

O badameco é uma reincarnação de um infante da mocidade portuguesa do salazar/caetano...tem calma ó rei, que ainda os verás a fossar na tua pocilga.


Abraço

jrd disse...

Gostei muito da linguagem -poética-.
A única referência desagradável e "grosseira" foi essa coisa de JSD...

Abraço

Anónimo disse...

Puta que os pariu... um dia serão julgados na praça pública... Ai nesse dia!

José Lopes disse...

Legião, Mocidade Portuguesa ou JSD são organizações que não podem dar bons frutos, e o passado comprova-o.

Pata Negra disse...

Quem foi o cabrão que assinalou no fundo da mensagem que leu uma porcaria? Vá à merda!

O Puma disse...

Não desesperes
ainda há muito para lutar

a merda continua

Crisântemo Ciclomotor disse...

Eu não fui. Juro! Até gostei.
É pena que a rima, que ia tão bem ao princípio, desse no que deu. A métrica, depois, também falhou.
É verdade que não deu em soneto mas, nos tempos que correm, o que interessa é a intenção.
Quanto aos tipos das 'jotas' não corro o risco de os ver na tv porque só vejo filmes ao séries. Das notícias, vejo os títulos on line. E basta-me.
Crisântemo Ciclomotor

Anónimo disse...

Gostarias mais de ver os tipos da JC a papaguear a velha cassete dos petrificados dinossauros?
Daqueles que pararam no tempo e nem deram conta que a grande URSS foi pelo cano?
Não percebes que o Socialismo, no papel, pode seduzir os incautos mas que, em boa verdade, só poderia resultar com pessoas desprovidas de cérebro?
E, formidável, ainda há palermas que te louvam e que te incitam.
Estão todos doidos!!!!!
Bardamerda.

Pata Negra disse...

Anónimo, às 3 da manhã?! Não deverias estar a dormir na paz de JC?!

Anónimo2 disse...

DEIXA LÁ ESSE ANÓNIMO E REFLETE NO QUE ESTE DIZ.
Mistérios da "passarinha"
O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito
pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reação
endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado.
Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.
A acompanhar este tema, deu um destes dias uma entrevista na TV uma conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga elétrica emitida pela "periquita" no instante do orgasmo.
Os resultados mostram que, na hora H, a "pardaleca" dispara uma
carga de 250.000 micro volts. Ou seja, 5 "passarinhas" juntas, ligadas em série na hora do "ai meu Deus", são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo. Já existem até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan... carregar.
Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma rata: é uma torradeira elétrica!!! E se der curto-circuito na hora de "virar os olhos"? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a "salsicha" assada.
Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin. E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado. É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o "biscoito", se pergunte à parceira se ela é de 110ou de 220 volts, não se vá esturricar a "alheira".
O aviso está feito!!!

Anónimo disse...

Não te armes em burro. Escrevi JC mas referia-me à JCP.

Anónimo disse...

Burro eu? Porco!

do Zambujal disse...

Até às lágrimas! Mas com toda a seriedade do mundo. ESte "post" e respectivos comentários deveria ser encaixilhado! Com destaque para o texto que começa sonetando e termina epopeiamente e para o comentáriio do anónimo2 que também é antológico (logo encaixilhável).
Este blog é um colar de pérolas e algumas são de excepção. Por isso há quem, ao lê-lo, perca as estribeiras e escoicinhe e zurre perdidamente. Mas os ditos zurram e a caravana passa. Gargalhando e pensando, penando, pensando e gargalhando, enquanto eles continuam na berma da estrada a trautear o já pôdre "cantando e rindo" com saudades do fascismo e incapazes de ir a lado algum.

Um grande abraço

Anónimo2 disse...

Pela minha parte, obrigadinho ó do Zambujal.

Maria disse...

"As leis não são para defender o poder
São para proteger quem não o tem"

Eu sempre soube que Vª Majestade
não era deste mundo, depois de ler isto, fiquei com a certeza...
E fala-se Português aí, nesse seu Mundo, também ? Veja bem, o português até em Reinos ou Terras de Bem é falado. Notável !

Gostei do seu texto, para além de me divertir muito com alguns dos seus comentadores que nunca se esquecem de gostar de si e voltar aqui.

Como eu, enfim :-)

Um beijinho sempre amigo,

Maria