A senhora apareceu-me!... Aparição, visão, sonho ou fantasia?
Dormia eu a sesta à sombra duma azinheira (numa manta de retalhos, pois claro!) quando uma senhora brilhante, não tanto como o sol, chegou à minha beira.
Dormia eu a sesta à sombra duma azinheira (numa manta de retalhos, pois claro!) quando uma senhora brilhante, não tanto como o sol, chegou à minha beira.
Não me disse para a louvar por ser celeste,
Não me sugeriu que sofresse para lhe agradar,
Não me sugeriu que sofresse para lhe agradar,
Não me exigiu que lhe agradecesse a força do meu trabalho,
Não me pediu que lhe suplicasse a felicidade,
Não me rogou que lhe repetisse como um papagaio preces e avés,
Não me segredou guerras futuras se não a venerasse,
Não me culpou pelos meus prazeres carnais,
Não disse nada.
Não me culpou pelos meus prazeres carnais,
Não disse nada.
Não vinha de calças, nem de saia comprida, nem de mini-saia.
Nua e serena, aproximou-se.
Só uma senhora assim para me pôr de joelhos.
Pôs-se de joelhos também.
Enrolámo-nos na manta de retalhos. Paz, amor e sorte.
Azar, era dia 13, um melro largou-se no meu rosto.
Acordei.
Da santa ou companheira, nem sinais.
Dei um salto.
Falei alto
À sombra duma azinheira:
25 de abril sempre! Fascismo nunca mais!
Da santa ou companheira, nem sinais.
Dei um salto.
Falei alto
À sombra duma azinheira:
25 de abril sempre! Fascismo nunca mais!
3 comentários:
Este não espera pela semana prometida!
E vai logo!
que raio de pássaro!
e não poderia ter demorado mais um pouco?
enfim, mais uma cena inacabada!
Saúde, Majestade!
E que bela 'senhora' a Mãe Natureza pariu.
Gosto da sua veia poética e das suas belas bacoradas...:)
Pois...foi durante uma Conversa que não Avinagrou,
que o li, gostei e aqui vim.
Voltarei.
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