Andam há meses, eles que nunca viram com bons olhos o direito à greve e que apenas a toleram se ela não incomodar vivalma, a queixar-se da ausência de greves e de manifestações. Isto, apesar de muitas terem existido mas que, para salvarem o argumento e o passar como verdade, não quiseram ver.
Da parte dos professores não existiram, de facto, greves mas houve manifestações, algumas delas com notória dimensão e que nem eles, nem a sua imprensa, quiseram ver.
Houve sempre uma notória insatisfação com a resposta muda às reivindicações dos professores.
Mas o discurso anti-sindical ditava sempre que o governo estava nas mãos dos sindicatos e, em particular, da FENPROF. Agora que a federação sindical põe como hipótese a marcação duma greve, ai aqui-d'el-rei que estão, pasme-se, com "objetivos eleitorais e autárquicos"!
Vá-se lá entender o cérebro desta gente! É caso para dizer: presos por fazer greve e por não fazer!
E atenção, professores candidatos a câmaras e juntas de freguesia, se quereis ter votos, fazei greve!... Ou não fazei!... Eu já nem sei o que hei-de pensar! Mas cheira-me que, se houver greve, há umas listas que, por causa disso, vão ganhar e outras não.
Mas pronto, o que me preocupa não é isso! O que me preocupa é achar que o FMI e o Cardeal Patriarca de Lisboa não vão ver esta greve com bons olhos!
2 comentários:
Li uma boa patada, sem endereço (ou com endereço genérico).
Pois... a vida e (todos) nós somos feitos de contradições e contra dicções.
Pois a coisa não é fácil
nunca foi
Enviar um comentário