Uma mentira muitas vezes repetida acaba por ser aceite como verdade. Estou assustado porque quase ninguém a desmente. Registo ESTA exceção.
Contas do governo:
600 milhões / 100 000 professores / 14 meses = 428 euros de aumento mensal, em média, para cada professor.
Desmontemos a mentira com cálculos simples: não chegam a 100 mil os professores na carreira; a diferença média líquida entre escalões não chega aos 100 euros; a parte ilíquida retorna na prática aos cofres do Estado; a parte líquida, transformada em consumo ou em depósitos, também terá uma parcela convertida em impostos; os professores do 1º escalão e do 2º não terão todo o tempo para recuperar; existem milhares de docentes travados no 4º e no 6º escalão; milhares de professores serão aposentados sem usufruir da recontagem porque o "tempo e o modo" é para "arrastar" por alguns anos...
Sem dados técnicos que nos permitam avaliar o valor destas variáveis atenuantes, que será significativo, não os tenhamos em conta. Tomando como referência a progressão máxima que poderá estar em causa e que só tocará a alguns, a subida de dois escalões, façamos um cálculo, acessível a qualquer leigo:
2 escalões x 100 euros x 14 meses x 100000 professores = 280 milhões
Mas atenção, não foi aprovado "o tempo e o modo", isto é, não se compreende onde é que a lei quer chegar, não se percebem os tons vitoriosos dos representantes da classe, a birra do governo é uma encenação.
Sabe-se uma coisa e essa não se pode admitir: são mentirosos!
Por isso, Senhor António Costa, da minha parte, pode até substituir o Brandão pela Maria de Lurdes: ACABOU!
7 comentários:
Alguns vícios de raciocínio nos seus cálculos, Caro Pata Negra. Mas passemos adiante e admitamos que não serão 600, serão o que for. Ainda assim, de onde vêm? E não vale dizer que vêm dos bancos porque aí pode ter que ir aos depósitos de meio país e as falências e as casas a terem que ser devolvidas seriam a rodos. Então vai cortar onde? Ou vai pôr a malta que paga impostos a trabalhar mais para pagar esse acréscimo?
E depois não repõe os rendimentos ao resto da malta toda? Ou os professores são uma elite que merece tratamento diferenciado em relação ao resto da malta?
Linda equidade, sim senhor.
E para a banca desde o BPN ao BES, Banco Novo que nos têm levado milhares de milhões, onde estava o PS que sempre foi cúmplice?
O Costa é um optimo actor. É, aliás, a sua grande habilidade. Vejamos se os outros partidos conseguem desmistificar os seus argumentos.
O comentador Manso diz que há vícios, mas não diz quais. Depois, tendo razão quanto â "malta toda", a quem é que falta equidade? ou a equidade está no nivelar por baixo e não na "igualização social no progresso" de que falava o Tratado de Roma? e esquece, deliberadamente, que não se trata da "malta toda".
Aliás, neste processo, há mais mentirosos que coxos...
Mais uma vez, o Rei se mostra â altura do reinado.
Um grato abraço
do Zambujal
Vozes ao alto na boca das sementes
a verdade vem sempre acima, dizem-me!...
abraço
Independentemente da razão que poderá assistir aos professores as contas não são essas. Nunca se pode aferir a coisa pelo vencimento liquido. Se assim fosse teria de contar com os efeitos nos ordenados do IVA, ISP e restantes impostos...
Enviar um comentário