Outubro Outono.
O velho do banco em frente ao lago
já traz um sobretudo...
Um cão sem dono.
O breve voo das folhas
faz-me pensar o Verão...
Um sorriso é o jardim.
Certas árvores caducas partiram.
Que seria de mim sem o tabaco?!...
O último pataco dá pra um copo.
Esta época o tio António não precisou de mim para as vindimas!
Não me importo!
Há um pato no lago.
Tenho fome.
Pró ano vou para o Alentejo guardar gado.
Doméstico, claro!
E era só!
Vou perguntar ao velho se tem nome!
(5 de Outubro? - Viva a República! Viva o Rei!... dos Leittões!...)
4 comentários:
Ora porra, vim cá ontem
mas só cheguei aqui hoje
Acho que a minha costela alentejana
faz este efeito lento
mas já agora deixo o que trazia no intento
eu
em quem voto
até aos telhados confesso
Ah, e viva o Rei...
um sobretudo coçado, só pode!
que o reino não está de feição para velhos lamúrias
e o velho da cena tem "todos os nomes" - aposto
salvé, Majestade.
continuamos vivos!
abraço
Uma imagem de Outono a rarear.Os velhos estão a desaparecer da paisagem,ainda assim,gostei muito.
É bom regressar sem que tenha havido esquecimento.... e gosto da tua forma de espalhares os versos.
abraço
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