domingo, 4 de outubro de 2020

No Jardim

 Outubro Outono.


O velho do banco em frente ao lago
já traz um sobretudo...

Um cão sem dono.

O breve voo das folhas
faz-me pensar o Verão...

Um sorriso é o jardim.

Certas árvores caducas partiram.
Que seria de mim sem o tabaco?!...

O último pataco dá pra um copo.

Esta época o tio António não precisou de mim para as vindimas!
Não me importo!

Há um pato no lago.


Tenho fome.

Pró ano vou para o Alentejo guardar gado.
Doméstico, claro!

E era só!
Vou perguntar ao velho se tem nome!

(5 de Outubro? - Viva a República! Viva o Rei!... dos Leittões!...)

4 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Ora porra, vim cá ontem
mas só cheguei aqui hoje

Acho que a minha costela alentejana
faz este efeito lento

mas já agora deixo o que trazia no intento
eu
em quem voto
até aos telhados confesso

Ah, e viva o Rei...

Manuel Veiga disse...

um sobretudo coçado, só pode!
que o reino não está de feição para velhos lamúrias
e o velho da cena tem "todos os nomes" - aposto

salvé, Majestade.
continuamos vivos!

abraço

Olinda disse...

Uma imagem de Outono a rarear.Os velhos estão a desaparecer da paisagem,ainda assim,gostei muito.

maceta disse...

É bom regressar sem que tenha havido esquecimento.... e gosto da tua forma de espalhares os versos.

abraço