É difícil alguém vir ao fim de semana a minha casa sem ter a oportunidade de observar a sequência de afazeres do Zé, serrador, criador de gado e meu vizinho.
Propus ao Gonçalves que viesse filmar um sábado do Zé, desde a primeira urinadela da manhã, que faz, note-se, de costas para o meu quintal e virado para o lado para onde pode dizer "já estou levantado ó Sol, podes nascer!", até ao lusco fusco, altura em que me dirá, mais alto ou mais baixo, consoante a distância que nos separe, "também não tardo lá muito em cima dela!"
Fiz-lhe a proposta com frases cuidadas e recebi de imediato a reação dele, apoiada pela mãe viúva que com ele vive: sábado é bom dia porque vamos aqui ter um rancho na apanha da azeitona!
Não era bem isso que se pretendia mas não havia modo de explicar porque teria de ser de outra forma. E assim foi, no dia marcado, o Gonçalves apareceu e soltou o guião ao Manda-chuva que a mandou a potes, obrigando o operador a resguardar-se com a câmara em espaço coberto, motivo que fez com que a personagem principal, em vez do Tó Zé, passasse a ser a mãe enquanto cozinhava.
Toda a gente que já viu o filme deu por bem passados os trinta minutos.
1 comentário:
Também eu dei por bem empregue a 1/2 hora que durou o filme, sim senhor!
Fartura de comidinha não faltou! E azeitona também não! Decepar a oliveira é uma limpeza...a azeitona chegou mesmo para todos...Pró ano pode haver ou não, ah, mas este ano há boa pinga e azeite do bom...Eheheheh
Estimado Monarca, não estranhe o meu silêncio, mas ainda que, movida das melhores das intenções, todas as noites me deito consigo à cabeceira, quando dou por mim, já cabeceei morta de sono e não consegui passar ainda do 5º Caderno. Não...a culpa não é das histórias, excelentes, todas, e sim destes meus dias que têm sido cansativos demais.
Ele é a árvore, os enfeites, os blogues, o meu blogue, as idas ao escritório, o suspense de como irá resultar isto do implante dentário, enfim, quando me sento na cama, por volta das 22h00, saco de areia quentinha aos pés, "A Promessa" a desenrolar-se na minha frente, sem me prometer nada de jeito, quando dou por mim, já nem da minha promessa dou conta...
Prometo acabar consigo ainda este ano.
Um abraço!
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