sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Leitão à sexta

Está visto que a coisa anda mal e que não tenho coisa para escrever, por isso, fui rebuscar um leitão de 2008. E viva a porca!
Férias? Nunca passei férias! O tempo das férias levei-o sempre a amanhar o milho do Vale Grande, a roçar mato para a vaca, a tirar o esterco ao porco!... Ouvi Agosto sobre Agosto, de emigrantes e migrantes, mil e um palpites acerca da altura exacta da torre Eiffel e contemplei a cultura dos que sabem os nomes das muitas ruas e avenidas de Lisboa.
Se dum lado me ficou a ideia que a tal torre deve ser mesmo muito alta, do outro ficou-me a resposta que se dava à desgarrada quando se perguntava quantas as ruas da cidade maior: "Quantas ruas tem Lisboa / eu te vou “ispelicar” / tem metade ao comprido / outras tantas a atravessar"
Neste vai e vem de uns e no ficar sempre por cá de outros, ganharam-se muitas palavras novas e perderam-se as nossas. Apareceram muitas máquinas novas e desapareceram as noras e os burros. E fiquei eu, até um dia destes, contente por as coisas terem evoluído ao ponto de eu ter um blogue e de nele escrever sobre nada, por tudo e por nada, e à sexta...

Esta coisa de escrever é como dormir. Dorme-se sempre sobre alguma coisa: sobre a enxerga, sobre o chão, no sofá, ou sobre a amada... escreve-se sobre a mesa, sobre o papel, nas costas de outro, sobre porcos... mas nunca sobre nada! A não ser que escrever sobre... Não, hoje não vou falar de Sócrates!...


16 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Pata Negra
Ainda bem que não falas do Só-cretino.
Adorei este post. tem raízes. Poucas pessoas têm já raízes. Tu tens. Que bom. Gosto.
Abraço de 6ª.feira.
(Olha lá, porque é que não aproveitas a liberdade de estares sem a patroa?)

Zé Povinho disse...

Também acho que é bom não falar do personagem, que é indigesto para um fim de semana prolongado, para quem o tem, claro.
Abraço do Zé

Anónimo disse...

Quanto à falta de sexo cada um desenrasca-se como pode, mas não vás às prostitutas nigerianas, porque podes ir "de cana" e depois...(está no meu blogue)

Quanto às férias amanhã explico-te porque não vou para Cancun, já que também não tenho mais nada para fazer.

Que raio esta coisa dos blogues..

Anónimo disse...

Boa noite Majestade.
O seu texto de hoje (ontem, já) comove toda a gente. Quem afirma "Nunca passei férias!" e refere, com detalhe, como ocupa(va) o mês de Agosto não deixa ninguém indiferente. Têm sido, de facto, tempos muito sofridos, sofrimentos que partilho com Sua Alteza Real.
Agora um aviso: não sei se é um desses danados vírus informáticos se uma intrusão abusiva de um hacker mas no dia 8 de Agosto último, apareceu postado no seu blogue o seguinte: “Se estou de férias! Estou de férias! Nada mais tenho a dizer ou a fazer senão banalidades!
Boas férias a todo o reino e a toda a corte!
Se não conhecesse Sua Majestade podia acreditar que havia aqui uma contradição. Mas como conheço Sua Majestade, se me permite, aconselho Sua Alteza Real a adquirir um bom antivírus que proteja o seu Real computador de ataques maléficos que, em caso extremo, podem descredibilizar um Rei, logo o Rei dos Leittões, merecedor de toda a confiança e admiração.
O Seu mais humilde servo
Alberto Cardoso

MARIA disse...

Majestade, resumindo e concluindo as suas palavras : está a precisar de férias !
Mesmo um Rei também precisa de um pouco de sol na alma .
E no corpo,sem esquecer o protector solar s f f

Um beijinho

Maria

Jay Dee disse...

Faz como Bernardo Soares e pensa. Porque pensar é viajar e poder estar em todo o lado e vivenciar todas as experiências, em todo e qualquer momento.

(=P)

Pata Negra disse...

Há uma diferença entre "ter férias" e "passar férias" oh Conde Allberto e nada de duvidar da sinderidade do Rei mesmo quando este mente! Continuarei banal enquanto houver trono que me carregue.

Zorze disse...

O que é que é banal?
O que é que é trivial?
Talvez seja tudo importante.

Abraço banal,
Zorze

Anónimo disse...

Senhor Negra.
Estou triste. Quer-se dizer que não aproveitou o meu alvitre para postar aqui um assunto "fracturante" (o do tal não-guarda-redes do Benfas) e foi recuperar um escrito caté cheira a mofo, a sua versão da estafada estória dos parafusos e das porcas. Era puto quando li colado às traseiras de uma camioneta um leteiro que dizia: AQUI VÃO OS TRINTA PARAFUSOS; AS PORCAS FICARAM EM CASA. Foi nesse dia que eu morri de tanto rir...

MARIA disse...

Meu deus...
tanto tempo governados por um "filósofo malabarista".
Ele parece em forma e nós, claramente, é mesmo de férias a sério que precisamos e não só , mas no mais, tenho que fazer pensar a sua cabeça coroada.
Sabe minha Majestade eu nunca esqueço o primeiro post que li seu.
Devo dizer -lhe,
hoje,
sexta feira e também sem patrão em casa,
que eu primeiro estranhei mas de imediato entranhei e nunca este Reino perdeu a majestade.
Desse post glorioso que se inseria num blogue de ensaio que teve, constava qualquer coisa como
"Elegia do Palavrão"?!...
Por aqui, aproximadamente...
Acho que se o relesse em voz alta, se o relessemos juntos, pode ser que não se ofendesse o governo, o que também não é nossa pretensão, mas que aliviava este quadro de tensão, isso era seguro.
Nesse texto eu só cortaria uma frase. Não supõe a qual me refiro como é natural. Vou deixá-lo adivinhar .
Depois Vª Majestade também não me está a perguntar qual é, porque se perguntasse quem negaria tal desejo ao Rei ?
:)

E para não quebrar a tradição despeço-me
Com um beijinho amigo

Maria

do Zambujal disse...

Assim é que é!
Escrever sobre tudo para não escrever sobre nada,
Mas não pode ser sempre assim.
De vez em quando, ou de quando em vez, há que que escrever sobretudo para sobrenadar sobre o nada.

Sobretudo, um abraço... e os meus respeitos

opolidor disse...

Rei
de tão "distraído" esqueci-me das férias...
abraço

opolidor disse...

Rei
de tão "distraído" esqueci-me das férias...
abraço

Zé Povinho disse...

Descobri que já tinha comentado, o que não me admira, porque em Agosto eu também não vou de férias, mas em Setembro...
Abraço do Zé

Anónimo disse...

pretty cool stuff here thank you!!!!!!!

Milu disse...

Olá Pata Negra! :)

Sempre que venho aqui ao seu blogue, não posso deixar de sorrir, por vezes até, dominada por um sentimento que não sei definir, mas que me parece ser de cumplicidade, e tanto assim, porque muito do que escreve, curiosamente, me é deveras familiar.É como se eu o conhecesse. Porque também eu guardo recordações dos emigrantes de França, os chamados franceses de alcochete, que vindos em vacances a Portugal, tudo faziam para deslumbrar os seus conterrâneos. Alguns traziam carros que se em França já pouco valiam, por isso comprados por tuta e meia, a nós, pareciam-nos umas grandes bombas! Não pretendo ofender os emigrantes, mas tempos houve em que isto se passava, era eu uma criança.
Quanto às férias. A partir de uma certa altura deixei de fazer férias. Porque não me apetece gastar dinheiro à parva, porque não me apetece andar em filas para nada, porque não me apetece confusão. Prefiro só fazer o que me der na real gana e no momento. E o que mais quero é saborear a liberdade de não ter que fazer o que é suposto.