sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Leitão à sexta

Ora cá estou eu, o the King, em mais uma sexta e com as lamechices habituais: estou sem assunto; estou em estado de blogo-depressão; isto é mais por obrigação; não são obrigados a ler; vou limitar-me as umas imagens e ao youtube da praxe - enfim, coisas a que o leitor habitual já está habituado!
Continuando. Quantas vezes me interrogo, para que merda eu mantenho esta merda de blogue?!
- Gosto de ler as reacções dos comentadores, vigio o número de visitantes, escrevo o que quero e me apetece, arranjo amizades, dispo-me para desconhecidos - enfim sou um bloguer igual a tantos outros.
Continuando. Tenho sentido que o número de comentários tem decrescido e tenho verificado que o número de visitas tem aumentado. Por exemplo, se for ao google e escrever "Brigada de Trânsito" perceberá uma das razões porque a corte está a ser mais visitada. Clique na imagem e experimente:
Outra forma de ter visitas é abordar a actualidade política. Por exemplo, se eu me der ao trabalho de "freeportar" falando do tio, do filho do tio e do sobrinho do tio, é certo que vou ao encontro dos interesses da audiência.

É também importante assinalar no blogue as festividades, as efemérides e as celebrações. Por exemplo, na semana passada, esqueci-me de falar do Dia dos Namorados e todas as minhas namoradas me "tampaxearam". Isto depois de há um ano eu ter tido um gesto de confessa confissão de prova de amor e de ter presenteado a Rainha com este quadro:

Também o desafio e a brincadeira podem dar frutos. Por exemplo, advinhe quem sou eu no meio destes todos?! Aproveito e provoco o comentário - diga lá comentador: onde está o Pata Negra?!

Outra coisa que está a dar pontos é a crise. A gente escreve "crise" e logo um rol de apreciadores se apressa a debitar razões e soluções.

E claro, o filme. O filme funciona sempre. Mesmo que não tenha uma pitada de criatividade do bloguer, não ter de ler, agrada sempre ao leitor.

O Pata Negra está a querer dizer o quê com isto?! Está a querer vender gato por leitão?! Não! Estou a dar um pouco das razões de que por aqui ando: para dizer o que penso, para descobrir o que penso; para me conhecer melhor, para conhecer melhor os outros; para brincar sozinho, para brincar com os outros; por prazer de escrever, por prazer de ler; para sei lá o quê! Esta é a minha casa virtual, gosto de receber e gosto de visitar. Dou importância ao que me dizem e dou importância aos números dos que me visitam. Não quero ter mais visitantes - isso dar-me-ia maior responsabilidade - quero arranjar amigos e não encontro forma de ser mais sedutor:
Aliás, é claro que não é com postes destes que se faz um blogue de sucesso. Isto já são porcos a mais! Que se lixe, se é dia de leitão, hoje é com fartura! Só mais um:

Atribuio da insígnia da ordem do comentador da semana

Para o amigo Camolas do Caminho do Norte. Comenta com ar de lojista que passa o tempo na Web e que tem sempre de interromper o comentário porque está sempre a chegar um freguês. Mas comenta como se conhecesse o Rei de batalhas passadas, como se já tivesse visto o Rei nu na caserna do regimento, como se tivesse andado com o Rei na escola, como se tivesse conhecido o Rei num dia em que etilizados subiram a ave nida - a mais cruel de todas as aves de rapina - à procura de uma ponta de cigarro. Camolas, Camões, poesia - o caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria. Digno da insígnia, faça com ela o que lhe aprouver.

17 comentários:

Anónimo disse...

Estás a montar uma parceria com a brigada de trânsito? Já sei aonde bater à porta em caso de excessos!

antonio ganhão disse...

Já tou a ver que V. Majestade quando está blogo-depressivo se escorre em postagens longas. Tens sorte. Eu tenho poucos comentários e julgo que ainda menos visitantes!

Anónimo disse...

Olá Majestade.
Efectivamente a conversa de hoje meteu porcaria que dá para uma data de semanas. Mas gostei de ler. É bem melhor que ler os jornais, ouvir as rádios ou ver as TVs que falam todos do mesmo: crises, pinóquios, despedimentos, pinóquios, greves, pinóquios assaltos, pinóquios, incêndios, pinóquios, inundações, pinóquios, corrupção, pinóquios, migalhães, pinóquios, DREN, pinóquios, enfim, só tristezas. Aqui, Sua Majestade, ainda nos consegue arrancar um sorriso, embora dizendo que não está inspirado. Ora se estivesse…
Cumprimentos para Sua Alteza Real e para toda a Corte.
Alberto Cardoso

Anónimo disse...

Olá Majestade.
Efectivamente a conversa de hoje meteu porcaria que dá para uma data de semanas. Mas gostei de ler. É bem melhor que ler os jornais, ouvir as rádios ou ver as TVs que falam todos do mesmo: crises, pinóquios, despedimentos, pinóquios, greves, pinóquios assaltos, pinóquios, incêndios, pinóquios, inundações, pinóquios, corrupção, pinóquios, migalhães, pinóquios, DREN, pinóquios, enfim, só tristezas. Aqui, Sua Majestade, ainda nos consegue arrancar um sorriso, embora dizendo que não está inspirado. Ora se estivesse…
Cumprimentos para Sua Alteza Real e para toda a Corte.
Alberto Cardoso

joshua disse...

Somos todos semelhantes. Experimentamos modos como cientistas. Ensaiamos caminhos como maestros. Alguma coisa haveremos de encontrar e a algum lado havemos de ter.

Não acredito que sejamos artificiais na nossa casa, mas autênticos e por isso também excessivos: se fosse um frete fazer esta ou aquela posta em vez de aquele ou aquele outro Poema que rasga, daquela ou aquela outra Narrativa que morde, estavamos feitos.

Eu LUTO todos os dias numa escrita vã, desperdiço talento todos os dias por que o PCP cresça nas próximas eleições, por que o BE seja gente nos próximos votos, que o PS e PSD apanhem no cu e se vejam sodomizados eleitoralmente. Tenho receio que o PCP e o BE, uma vez eleitos ou antes, se transformem exactamente na mesma Merda que quotidianamente combato como na guerra de Tróia: imagino que vou todos os dias combater os troianos ou os aqueus: pego no meu elmo, no meu escudo, na minha espada, na minha lança, amarro as minhas sandálias e vou ao Combate: combato mentirosos, corruptos, tiranos, feirantes, vendedores de banha. Eles morrem. Mas não se mancam. No dia seguinte estão de novo à mercê das minhas armas. Como nada tenho a perder que a vida de soldado, tudo se reedita. Sofro apenas as fomes e os cortes da refrega. Não seria o primeiro e o último a magoar-se não com os golpes do oponente, mas com o meu manejo involuntário das minhas próprias armas.

Luto como uma formiga, mas com a vontade de um David ante o paneleiro do Golias em todo o lado. Penso no crime político que foi a abordagem desumana ao dossiê professores e tenho vontade de romper as muralhas de Tróia e desatar a pilhar, incendiar, violentar todas as marias de lurdes que houver na cidade, passá-las ao fio da espada.

Às vezes escrevo de mais e sei que ninguém lerá aquela merda, mas digo 'que se foda' é o que me apetece escrever. Quem lê de menos e a medo se calhar não merece mais. Outras vezes faço postas afiadas, sucintas, temperadas com frases curtas como canivetes afiados de que me vens dar notícia que gostaste. Enfim, forjo-me operário do texto. Às vezez um título bem manhoso faz toda a diferença. Como Moscas na Mijosfera foi muito vistitado: quem clica na foto da Salazar no blogue Porquemedizem vem ter ao que escrevi da estilista que se arrepia com o verdete escarrante e patinoso da mendigada que lhe pára atrevida no Rossio que lhe pertence.

Certo, certo é que eu gosto de ti desde a primeira hora, a primeira frase, a primeira posta que me aconteceu ler aqui; sinto-me teu amigo e teu próximo de alma, companheiro dos teus pensamentos vertidos em bytes de génio. Os teus escritos comovem-me sempre e humanizam-me. A sensibilidade literária de um gajo pode ser um serrote de marceneiro ou a faca certeiro do Matador de Porcos.

Temos as nossas fases e as nossas fezes. De outro modo a poçilga onde se bota corpo e se avança não o seria.

Por isso, diz o que quiseres aqui ou no meu verbojurassiano recanto. Faz o que quiseres. Cá me terás entrelaçado e participante da tua escrita conforme vier.

Entretanto vou ali ser parece que importante por um dia de cada vez com os meus links infinitos e o glorioso e afamante Twingly com o qual gozo o prazer mal pago de ficar numa hierarquia que não domino, à frente por exemplo de O Jumento e de outros blogues para os quais não sou gente, que me fazem o favor de me irrelevarem, ao contrário dos meus amigos-amigos mais fiéis, que se importam por me terem visto o espectáculo literário de sofrer e dizê-lo. Por exemplo, o Implume, o Daniel, tu, o Quintino, a Joaninha...

Meu amigo e teu amigo será quem quiser que eu não bato a porta definitivamente a ninguém por discordância nenhuma e sei que o não fazes também.

joshua disse...

Somos todos semelhantes. Experimentamos modos como cientistas. Ensaiamos caminhos como maestros. Alguma coisa haveremos de encontrar e a algum lado havemos de ter.

Não acredito que sejamos artificiais na nossa casa, mas autênticos e por isso também excessivos: se fosse um frete fazer esta ou aquela posta em vez de aquele ou aquele outro Poema que rasga, daquela ou aquela outra Narrativa que morde, estavamos feitos.

Eu LUTO todos os dias numa escrita vã, desperdiço talento todos os dias por que o PCP cresça nas próximas eleições, por que o BE seja gente nos próximos votos, que o PS e PSD apanhem no cu e se vejam sodomizados eleitoralmente. Tenho receio que o PCP e o BE, uma vez eleitos ou antes, se transformem exactamente na mesma Merda que quotidianamente combato como na guerra de Tróia: imagino que vou todos os dias combater os troianos ou os aqueus: pego no meu elmo, no meu escudo, na minha espada, na minha lança, amarro as minhas sandálias e vou ao Combate: combato mentirosos, corruptos, tiranos, feirantes, vendedores de banha. Eles morrem. Mas não se mancam. No dia seguinte estão de novo à mercê das minhas armas. Como nada tenho a perder que a vida de soldado, tudo se reedita. Sofro apenas as fomes e os cortes da refrega. Não seria o primeiro e o último a magoar-se não com os golpes do oponente, mas com o meu manejo involuntário das minhas próprias armas.

Luto como uma formiga, mas com a vontade de um David ante o paneleiro do Golias em todo o lado. Penso no crime político que foi a abordagem desumana ao dossiê professores e tenho vontade de romper as muralhas de Tróia e desatar a pilhar, incendiar, violentar todas as marias de lurdes que houver na cidade, passá-las ao fio da espada.

Às vezes escrevo de mais e sei que ninguém lerá aquela merda, mas digo 'que se foda' é o que me apetece escrever. Quem lê de menos e a medo se calhar não merece mais. Outras vezes faço postas afiadas, sucintas, temperadas com frases curtas como canivetes afiados de que me vens dar notícia que gostaste. Enfim, forjo-me operário do texto. Às vezez um título bem manhoso faz toda a diferença. Como Moscas na Mijosfera foi muito vistitado: quem clica na foto da Salazar no blogue Porquemedizem vem ter ao que escrevi da estilista que se arrepia com o verdete escarrante e patinoso da mendigada que lhe pára atrevida no Rossio que lhe pertence.

Certo, certo é que eu gosto de ti desde a primeira hora, a primeira frase, a primeira posta que me aconteceu ler aqui; sinto-me teu amigo e teu próximo de alma, companheiro dos teus pensamentos vertidos em bytes de génio. Os teus escritos comovem-me sempre e humanizam-me. A sensibilidade literária de um gajo pode ser um serrote de marceneiro ou a faca certeiro do Matador de Porcos.

Temos as nossas fases e as nossas fezes. De outro modo a poçilga onde se bota corpo e se avança não o seria.

Por isso, diz o que quiseres aqui ou no meu verbojurassiano recanto. Faz o que quiseres. Cá me terás entrelaçado e participante da tua escrita conforme vier.

Entretanto vou ali ser parece que importante por um dia de cada vez com os meus links infinitos e o glorioso e afamante Twingly com o qual gozo o prazer mal pago de ficar numa hierarquia que não domino, à frente por exemplo de O Jumento e de outros blogues para os quais não sou gente, que me fazem o favor de me irrelevarem, ao contrário dos meus amigos-amigos mais fiéis, que se importam por me terem visto o espectáculo literário de sofrer e dizê-lo. Por exemplo, o Implume, o Daniel, tu, o Quintino, a Joaninha...

Meu amigo e teu amigo será quem quiser que eu não bato a porta definitivamente a ninguém por discordância nenhuma e sei que o não fazes também.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Majestade
Não conheço o galardoado mas se Sua Majestade o condecora...
Quanto aos seus posts eles já fazem parte de mim e do meu roteiro e sinto, Majestade, que temos muito em comum. As amizades que se solidificam e o facto de falarmos aquilo que pensamos merece que continuemos a nossa profissão de bloggers. O resto que se lixe!

Sua humilde serva Majestade

Compadre Alentejano disse...

Gosto dos teus postes,mas muitas vezes não há tempo para comentar. Pela minha parte, peço imensa desculpa.
Um abraço
Compadre Alentejano

Anónimo disse...

tens que tomar uns comprimidos ou uns martelos

alex disse...

Sua majestade! Aqui está a sua humilde camarada amiga de pocilga, a ler mais este texto blogo-depressivo,cheio de coragem.Hoje tb eu depressiva subscrevo o joshua
também , também eu me apetece deitar fogo ao sobrinho do tio do amigo do sobrinho .Também me apetece dizer "que se foda"
mais um guincho
amigo

José Lopes disse...

Só comi leitão no domingo, e estava uma delícia por isso abri uma botelha e agora por muito que tente não vejo o Rei lá na molhada.
Bom Carnaval sem Censura
Cumps

samuel disse...

Os "dias de falta de assunto" são fantásticos! :-)))

Abraço

Zorze disse...

Os meus parabéns ao feliz contemplado.
O grande Camões, Camolas, sou leitor do seu blog o Caminho do Norte.

Quanto ao estado depressivo poderia te fazer uma dissertação ou uma radiografia extrafísica, mas isso, era cansar quem tem paciência para nos ler.

Sintetizando, olha toma uma Aspirina, também faz bem ao coração. Mas, remédio santo era uma boa wiska polvilhada com dois dedos de conversa.

Abraço,
Zorze

Anónimo disse...

... e acabaste por não falar do Carnaval. Também ninguém te vai levar a mal.

Saudações compreensivas do Marreta.

MARIA disse...

Pergunta Vª Majestade porque mantém este blog.
Não sabe ?
Quanto já fez pensar, reflectir, rir, emocionar, neste espaço, os seus amigos(as), os seus visitantes?!...
Mantém, porque nós precisamos de um espaço como o seu.
Depois Majestade é carnaval, para o branco e para o negro, para a mulata e para o leitão, pois então, porque não ?!...
Ninguém leva a mal.

Um beijinho amigo

Maria

Mariazinha disse...

Vim só para te dar uma beijoka "desmascarada" porque para mim carnaval é quando eu quizer.

Kaotica disse...

Ai a falta de assunto, se soubesses como te compreendo!... e essa percepção aguda de bloguista muito batido na coisa de que às vezes basta incluir uma palavra-chave para logo subirem as visitas. Vê-se que és da escola dos Braganza Mothers, blogue perito em manipular as massas com títulos bombásticos com "Cristiano Ronaldo Nu & Naked".

Mas resumindo e elogiando: tu és daqueles que não precisa mesmo nada de assunto, basta deixares correr a pena e é sempre um prazer ler-te.

O Carnaval que se lixe, em Carnaval vivemos nós há décadas!

Um abraço