Debaixo do Bulcão poezine - Número 35 - Almada, Março 2009, publica poesia do João Rato. Grato pela consideração Pata Negra agradece em nome do seu dono. Quem quiser saber mais sobre esta revista de poesia pode visitar o blogue do mesmo nome.
do homem que me persegue e da vida
do homem que me persegue e da vida
I
De mãe Mãe, pai operário, José Mãe Homem nasceu cedo e em Dezembro numa casa que tinha uma porta que dava para o Éden.
O Zé, comeu tantas maçãs, tantas as suficientes para se libertar dos conceitos do Bem e do Mal e partiu a cavalo da Serpente. Para onde?! – Quem sabe!?... Ouviu-se falar que discutiu com a família as leis do povo e a Terra Prometida e partiu…
A TV não disse mas fala-se por aí que, José Mãe Homem, morreu cedo e em Dezembro com o último tiro de uma grande batalha.
Muito mais que a Nação sofre a mãe, viúva, que diz às pessoas quando passa por elas:
- Tal como o pai, foi Homem, depois… morreu!...
- Quem foi esse Homem de que a Mãe nos fala, cuja vida e morte não se aprendem na escola?!
José Mãe Homem, cedo e em Dezembro:
II
“……………………….”
Louco descabido!
Um dia a vida bateu à porta do teu Nada, foste à escola.
Mais tarde, tudo bateu à porta da tua Vida, foste ao estádio!
Do lindo berço azul que defecaste, ficaste tu:
Cristão, ateu, pervertido e castrado, conformado
Com os males da Terra e com o caminho
Que a mãe sonhou para ti!
Descansa, que a morte virá no dia exacto,
Tal qual um dia nasceste em Dezembro!....
De mãe Mãe, pai operário, José Mãe Homem nasceu cedo e em Dezembro numa casa que tinha uma porta que dava para o Éden.
O Zé, comeu tantas maçãs, tantas as suficientes para se libertar dos conceitos do Bem e do Mal e partiu a cavalo da Serpente. Para onde?! – Quem sabe!?... Ouviu-se falar que discutiu com a família as leis do povo e a Terra Prometida e partiu…
A TV não disse mas fala-se por aí que, José Mãe Homem, morreu cedo e em Dezembro com o último tiro de uma grande batalha.
Muito mais que a Nação sofre a mãe, viúva, que diz às pessoas quando passa por elas:
- Tal como o pai, foi Homem, depois… morreu!...
- Quem foi esse Homem de que a Mãe nos fala, cuja vida e morte não se aprendem na escola?!
José Mãe Homem, cedo e em Dezembro:
II
“……………………….”
Louco descabido!
Um dia a vida bateu à porta do teu Nada, foste à escola.
Mais tarde, tudo bateu à porta da tua Vida, foste ao estádio!
Do lindo berço azul que defecaste, ficaste tu:
Cristão, ateu, pervertido e castrado, conformado
Com os males da Terra e com o caminho
Que a mãe sonhou para ti!
Descansa, que a morte virá no dia exacto,
Tal qual um dia nasceste em Dezembro!....
7 comentários:
Pois gostei do primeiro e da sua matriz judaico-cristã.
Gosto por publicar?
Pata Negra
É inegável a tua propensão para a escrita como inegáveis são os muitos sonhos e desejos de vida num ambiente familiar rico de referências.
É nessa sociabilidade luxuriante com a qual interages que constróis estas memórias tão bonitas e literariamente tão bem conseguidas.
Um homem de raízes e afectos que se rebela contra as injustiças e desiquilíbrios. Viva o João Rato!....
Porém em que ficamos? João Rato, Pata Negra ou Sua Majestade?
Abraço com terra
antónio
Gosto por publicar?
Um abraço com gosto
Silêncio
Eu sou o homem que me persegue
Um abraço de não sei quem
Dei um saltinho e guardei o link para apreciar com mais calma.
Abraço do Zé
Majestade,
gosto especialmente do que escreve, como já aqui o tenho expressado várias vezes.
Por isso apoio vivamente que publique os seus escritos.
Um beijinho amigo
Alimentemos o que resta de José Mãe Homem dentro de nós.
Fico, com muito gosto (e expectativa moderada), a aguardar novas colaborações!...
António Vitorino
Enviar um comentário