PREFÁCIO
Escrevo, de lágrimas no bolso,
como uma criança que faz um boneco e pensa que este vê
porque lhe desenha olhos no rosto!
E para que mais pode servir a inteligência
a quem é piolho da sua própria cabeça
e todos os dias se senta à mesa para se comer a si próprio?!
De si próprio, o poeta da angústia e do mau gosto,
O HOMEM QUE O PERSEGUE;
que de si próprio nasce, cresce e escreve:
porque lhe rebentaram os princípios, as ideias, a cabeça,
e ele não rebenta!
porque saltou sessenta vezes a mulher do ministro
e ela ficou sedenta!
e a rádio não comenta!
porque a morte já não está em causa
nem se lamenta!
e a vida mal se aguenta!!
porque a história da Humanidade
não se emenda!
porque o HOMEM QUE O PERSEGUE é pata negra
que se senta para escrever esta blogue de sebenta,
e um homem destes, não se inventa!!!
Escrevo, a conversa das palavras
despindo e amando a Noite
no quarto onde se veste a Madrugada...
Escrevo, o silêncio das ideias
passeando e sorrindo a Natureza
nos bosques em que se esconde a Primavera...
Escrevi ainda, muitas coisas mais,
menos noventa e nove vírgula nove por cento
das coisas que gostaria de escrever...
A minha dor, são as tuas feridas...
O meu sangue, é mar que se ergue e não desce mais....
Eu sou o homem que me persegue,
O caos e o cais de tantas idas,
O bom dos bons, o mau dos maus...
18 comentários:
Vejo que estás de regresso, sejas bem reaparecido, homem perseguido, assaltado nos sonhos, perturbado na reforma bloguiana...
Majestade,
Este poema tem mesmo a marca das suas impressões digitais .
Nasceu REI, verdadeiramente, numa república...
PESSOA entre indivíduos...
Em que espaço seu, caberá então a imensidão da sua alma ?
...
É bom tê-lo por aqui.
Fiz-lhe um cartão de natal antecipado.
----- href="http://blingee.com/blingee/view/103001167-Cart-o-de-Natal"
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Mas acho que a caixinha de comentários não aceita a imagem. Manda-la-ei por correio.
Beijinhos, obrigada.
Maria
Pata negra,
Belisca-me para eu saber que não estou a sonhar...
Voltaste!!!Voltaste!!!
- cá para nós, tu nunca nos deixaste!!!
Agora vou fazer como o outro, abrir uma garrafa de champanhe.
E festejar, que hoje é dia grande!
Mas eu volto.
Um XI grande
O Rei voltou o povo está contente.
Abraço
talvez na sombra da ironia
de uma piada impiedosa
se esconda a fantasia
de uma alma bondosa...
um abraço, saúde e vida
Salvé, Magestade!
Se eu tivesse aqui uma caixa de robalos por certo ta enviaria, mas só cá tenho daqueles de viveiro, os outros estão esgotados.
Majestade
Estou muito feliz, afinal é humano!
Bem vindo ao mundo real.
Olá Pata
Trato-te assim porque deixaste o trono,voltaste mais humano sem a aura da realeza.
A blogosfera fica mais rica com o teu regresso.
Beijinhos
Mais forte que tu? Ainda bem que tens essa força!
Foi uma excelente prenda para este domingo já natalício mas com poucas razões para o ser.
Acho o teu poema excelente e mais excelente ficaria se, para além da expontaneidade - mais forte que tu! - lhe desses os retoques de uma segunda leitura. Tens imagens, e formulações do dizer o que, que são excepcionais. Dignas de rei, perdão Rei.
Fiquei mesmo contente... e a cuinhar.
Grande abraço
Estimados amigos, pró que der e vier, aqui estamos, como gostava de escrever tanta coisa acabo por não escrever quase nada, contudo, fica sempre molho no fundo do tacho: esta nova forma de amizade!
Um abraço do... já não sei se sou rei, presbítero, servo, bobo ou.. sou um rapaz!
Aleluia! D.Pata Negra regressou por entre o nevoeiro. Eu sabia que não era mito.
Pensava eu que não era chegado o Dia.
Felizmente, ei-lo Resplandecente.
Obrigado Majestade
Aleluia, Aleluia, chegou finalmente, o grande dia! O Rei está de volta!
Qual D.Sebastião, desejado mas reaparecido...
Um grande abraço de recepção.
Compadre Alentejano
Olá!
Estou contente por finalmente ter saído do degredo a que se condenou. Já tinha saudades de o ler, porque gosto de o ler!
caro pata:
perdoe o comentário já tardio, mas não podia furtar-me de dizer que é lindo o seu poema... do caos ao cais, sigamos atravessando a poesia por esses mares e oceanos.
um abraço.
Cumprimento-o pelo regresso.
Tinha saudades. E estou contente.
Belo poema. Gosto como está. Não lhe faça nenhuma segunda leitura
Um regresso em grande. Óptimo.
O Rei voltou. Viva o REi!
Que grande poema.
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