Foi tudo medido: foram medidas as razões e a oportunidade dos feriados, medidos os prejuízos por eles causados e as mais valias da sua extinção e, feita a avaliação, tomaram-se medidas. Não sem antes terem sido negociados - com os trabalhadores não, que não são para aqui chamados - mas com quem de direito:
o alto clero.
Esta gente quando toca a números, nunca se engana, sejam eles macro, micro ou apenas do género dois mais dois são quatro:
- Vocês acabam com a Independência e com a República e nós acabamos com o Corpo de Deus e com a Nossa Senhora da Assunção! Também podemos acabar com a Conceição mas isso só em troca da Liberdade e do Trabalho!...
Estava eu, na cama, dez da manhã, a imaginar esta conversa entre o prelado e o governanta, sem remorso de ter faltado à liturgia mas com interrogações acerca dum dia de descanso, quando este pensamento me desfez de culpas e me confortou: lá no fundo, hoje, dia 8 de Dezembro, estou a festejar o 25 de Abril e o 1º de Maio. Bom negócio!
E porque também gosto de brincar com números, os meus pensamentos prolongaram-se para cálculos que não são para a matemática de quem não se senta na mesma classe. Vejamos:
4 feriados x 8 horas = 32 horas/ano
32 horas/ano x 2 milhões de trabalhadores = 64 milhões de horas por ano
64 milhões de horas a dividir por 52 semanas de 40 horas (por posto de emprego) = mais de trinta mil desempregados ao dispor da caridade e da precariedade.
E continuei na barba:
Mais 1/2 hora de trabalho por dia; mais 2,5 por semana (não para os funcionários públicos nem para muitos empresários com pouco para fazer ou com olhos na testa), para um milhão de trabalhadores; 2,5 milhões de horas por semana; para uma semana de 40 horas equivale a 62500 postos de trabalho.
Se acrescentarmos a estas calculadíssimas medidas, a facilitação dos despedimentos, teremos de aceitar que a principal preocupação destes senhores é o desemprego!
8 comentários:
Claro...Vieram ao mundo para nos roubar...
Estes gajos só se preocupam com o tacho e para isso lixam (com F) o Povinho como podem.
Abraço do Zé
E é mesmo, quanto mais desempregados melhor...
Um abraço.
Mais os três dias da majoração por assiduidade, mais qualquer coisa que se lembrem de mandar à vida...
Que vão todos para a meretriz que os deu à luz...
Grande abraço!
O desemprego ajuda-os a conseguir mão-de-obra ainda mais barata e sem direitos, mas também cria hordas de gente revoltada e pronta para ajudar a derrubar quem os lixou.
Cumps
Por isso é urgente acabar com o subsídio de desemprego, não vamos querer sustentar essa corja toda...
e a carneirada aceita esta me"da toda sem piar...
abraço
Salvé Majestade.
Permita-me que ocupe este espaço para falar de outros números que nada têm a ver com os lhe causam tanta indignação, da qual, aliás, eu partilho.
Acabo de chegar da Figueira da Foz, de um jantar que juntou 19 elementos da equipa onde alinhei 4 anos antes de arrumar as botas. Dos que ainda jogam apareceram uns 6; os restantes eram "velhas glórias" como eu, alguns tão antigos que nem conhecia porque saíram muito antes de eu ser contratado. Foi bom, muito bom, rever colegas que já não via desde a época 2008/2009 e sentir que estava entre os meus, entre iguais, e que todos tinham verdadeiro gosto em rever, cumprimentar - e até abraçar - os parceiros de muitos jogos. Ficou combinado voltamo-nos a encontrar para o ano e a tarefa de promover o encontro atribuída. A ementa do jantar? Já não me lembro. Só sei que gostei.
Como sabe, Majestade, antes de alinhar por esta equipa da Figueira, estive ao serviço de outros clubes. E lamento que em mais nenhum se tenham lembrado de fazer algo semelhante.
Cumprimentos para sua Alteza Real, Sua Realíssima Esposa e para os Infantes.
Alberto Cardoso
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