Dum país sem
saúde
Nos dias em
que fecham empresas, escolas, aldeias,
freguesias, tribunais, lojas, correios, centros de saúde e hospitais…
E pasme-se:
tudo é fechado para melhor servir as populações.
Que ninguém
chore, que em cada mão se abra um gesto que devolva ao povo o que é seu
E este, hoje, é o meu:
Queres-me
teu.
Esperas que
eu me dobre para te sentares.
Queres-me
ver de mão estendida ao fundo da tua rua.
Esperas que
as minhas lágrimas inspirem os teus pintores.
Queres-me
servo.
Pois fica
sabendo que me terás em todas os desfiles, marchas e batalhas,
Em todas as
assembleias, protestos e lutas.
Queres-me
eunuco.
Esperas que
eu sirva de motivo à tua caridade.
Queres ver-me
chorar por falta de pão.
Esperas
ver-me implorar ao teu poder.
Pois fica
sabendo que não chorarei por perder o direito ao trabalho, à saúde e à
educação,
À justiça, à
casa ou a eletricidade.
Estarei
sempre com os outros trabalhadores em luta.
Terei sempre
a minha dignidade nem que um cancro me leve à porta do hospital e os teus
colaboradores perguntem “tem seguro?!”
Terei sempre
uma palavra: filhos da puta!
10 comentários:
Excelente!
Vamos todos repetir em coro...
E que palavra(s) acertada(s)!
Abraço.
Enorme abraço!
Texto soberbo, Grande !
Pedaço de um Autor ainda Maior !
Um beijinho amigo
Maria
Certinho e direitinho!
Abraço.
Certinho e direitinho!
Abraço.
Em cheio.
Cumps
O Novo director da cadeia de Viana (Luanda) foi entrevistado em Fevereiro 2012, em directo pela Televisão Pública de Angola. Aqui vai uma das muitas pérolas proferidas.
Pergunta: O Sr. Acha que aguentará essa responsabilidade?
Resposta: Sim. Comigo não haverá brincadeiras. Não admito abusos. O preso que não me respeitar vai para a rua!
No ponto certo
Abraço
CONTRA ESTA MALANDRAGEM, MARCHAR, MARCHAR!
CUMPS
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