sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O último Dia da República


Vive cá em casa uma republicana que faz anos a 5 de Outubro e essa é uma das razões porque sempre me deu um jeito do caraças este feriado - à falta de ideias, a prenda de almoçar fora, funciona sempre. Chateia-me aquela obrigatoriedade burguesa de ter de oferecer prendas em função do calendário católico: porque é natal, porque é dia da mãe, porque é dia do pai, porque é dia dos namorados, porque faz anos, porque faz anos que, qualquer dia serve de pretexto para responder à fúria consumista que alimenta a goela insaciável dos santos soares e azevedos belmiros. 

- Se eu for à feira ou ao monte e reconhecer uma lingerie ou uma papoila do teu agrado, com certeza que te farei um presente mas não peças palha por dá cá aquele dia!

Troça de mim perante todos os amigos porque a primeira prenda que lhe dei foi um baralho de cartas! Mas não conta que o burro em pé queimava os intervalos dos domingos e serões em que os beijos eram tantos, que uma cartada ajudava a retomar fôlegos!
Contudo, hoje a sorte bateu à minha porta, tive uma ideia de valor incalculável, comprei um envelope e coloquei lá dentro um talão com dois euros de euro-milhões. Os números são: 9, 16, 18, 19, 21. Estejam atentos ao sorteio, já sabem, se forem estes podem aparecer por cá porque vai uma sessão de derretimento de euros.
Além de querer dizer que tenho saudades do escudo, era só isto que eu queria dizer sobre a república!

7 comentários:

O Puma disse...

Sem Repúblicas

não chegávamos a Abril

do Zambujal disse...

Passou ontem o comentário de parabéns.
Fica hoje, ainda válido.
Que tenham passado um bom dia feriado e aniversariante, sem incidentes e roupa vestida do avesso.

Abreijos

Miguel Jorge disse...

Faço votos para que tenham passado um excelente dia com uma almoçarada de leitão.
"Viva a República dos leitões".

Zé Povinho disse...

A República ficará para além de Coelhos e Cavacos, com feriado ou sem ele.
Abraço do Zé

Anónimo disse...

República, repubicanos, Guarda Nacional Republicana (GNR), PSP... É uma associação de palavras que me ocorreu naturalmente. Depois lembrei-me de um e-mail antigo que decidi partilhar com o Rei e seus seguidores. Ei-lo:
"Cenas da investigação criminal em Portugal - Piadas reais:"

(excertos de autos elaborados pela GNR e PSP, peças processuais e diligências)



- Um agente da PSP desloca-se à residência de um casal que anda desavindo e escreve no auto de notícia que: "o sr. x anda muito frustrado porque pagou cerca de 5 mil euros pelos implantes mamários da sua mulher e suspeita que outro cidadão está a usufruir desses dividendos".

- Escrevia um GNR num auto de notícia: "Numa acção de fiscalização, estando eu de arvorado ao carro patrulha, mandei parar o veículo supra identificado e pedi ao condutor os documentos pessoais e da viatura. Em resposta, disse-me aquele que se o autuasse me iria ao cú, o que fez três vezes."

- A GNR participa acidente e explica que "naquele local o asfalto da estrada era de terra batida".

- O gatuno era "herdeiro e vozeiro naquele tipo de condutas".

- Auto de notícia em que se diz que a ofendida foi encontrada em "lã-jeri".

- O arguido era "de raça nómada".

- O arguido resolve acabar o seu requerimento de uma forma cordial: " Pede deferimento" e logo a seguir ... "As minhas sinceras condolências".

- "O denunciado proferiu vários impropérios na Língua de Camões e também em língua francesa"

-"O individuo trazia o produto estupefaciente junto do órgão genital masculino vulgo pénis"

- Diligência de inquérito: "Solicite à PSP que, em 48h, diligencie por identificar o denunciado que se sabe ter cerca de 16 anos e usar boné"

- Quem comete o crime de "borla" é um "borlista" profissional.

- Auto de denúncia: "enquanto proferiam tais ameaças permitiam-se ainda chamar nomes ofensivos tais como "puta, vaca, jornalista, advogada, ladra, que era boa era para ir para a Ordem dos Advogados".

- Um arguido antes de bater no ofendido atirou-lhe com uma caixa em plástico, "nomeadamente um tampa-roer".

- "O arguido atirou um paralelo-ipípado".

- "O arguido trazia uma techerte azul às riscas".

- "Os meliantes colocaram-se em fuga, ao volante de uma Picap"

- Na sequência de uma queixa por crime de furto de um veículo a GNR informa que recuperou a dita viatura no entanto a mesma vinha cheia de moças.

- Caso de uma averiguação de causa de morte em que foi determinada a "autópsia parcial" do cadáver.

- Auto de notícia em que a GNR denuncia o furto de 24 galinhas das quais uma era galo.

(A crise não nos deve impedir de sorrir)
Anónimo

JFrade disse...

O Sonho de Pedro Passos Coelho
(continuação)

"O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.

O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.

Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portarmo-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."»

(José Vítor Malheiros no Público)












JFrade disse...

O Sonho de Pedro Passos Coelho

"Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. Se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos.

A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.

Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.

Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.
(continua)