Tinha-me comprometido, depois de ter escrito a "crónica duma morte anunciada" a não abrir a boca nem para uma palavra. Contudo, farto de ouvir a expressão "pai da democracia" não me contenho.
Pai da democracia? Então a democracia tem pai? Se tem pai tem de ter mãe! Quem é a mãe então? A Nossa Senhora de Fátima?
O pronunciamento dessa paternidade encerra, por si só, um conceito muito reduzido do que é ou deve ser a democracia. A democracia nasce do povo e vive do povo.
Pai da democracia!... Pai da democracia!... Pai da democracia!... Mas porquê?!....
7 comentários:
De individualidades se faz um percurso, mas o verdadeiro protagonismo pertence ao povo.
A democracia... filha de mãe incógnita?
Nunca fui admirador nem apoiante de Soares, pelo que só manifesto o meu respeito pela dor dos que sentem a sua partida, sem maiores discursos de ocasião.
Abraço do Zé
Não devemos desejar a partida de quem quer que seja, mas podemos desejar que não tivessem nascido e neste desejo não há qualquer desrespeito.
diria que papá! ou paizinho...
ou coisa assim, coisa pouca, coisa a condizer.
Já ouvi dizer
vai chamar pai a outro
Com acertos e desacertos teve um percurso político que merece realce. Nem que seja pela longevidade e teimosia.
Nunca roubou o Estado que se saiba, o que não devia ser referido mas no panorama político mundial dos nossos dias merece referência.
Quanto à expressão, será exagerada, mas já ouvi tanta coisa que essa de lhe atribuir uma filha fora do casamento é flor :-), no caso de Abril. :-)
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