(Lucina - nome poético da lua)
marinheiros da lua.
existência de navios na barra, à solta.
toca três vezes a guitarra eléctrica.
é a libertação,
a independência,
é a revolta...
homens da física e da astronáutica nada nos disseram
da nudez e dos orgasmos de Lucina,
escrava da Terra, e do Mar ama que se fez,
da noite para os seus abraços,
da mente para os seus porquês.
menina de mil esposos falando a meia voz dos meninos de Adolfo,
do pedantismo burguês dos cães da frente,
dos braços perversos da Nação.
alguém falou do Céu e calou seus astros
alguém falou de Adão e calou seus avós
alguém ousou simular a fantasia
nos corações dos órfãos da espada de haraquiri...
nada me detém,
sou um macho da Lua,
não preciso que o Poder caia nem que a terra do sonho seja aqui,
sou um macho da lua.
Lucina libertou-me...
levou-me para longe da cidade
levou-me para longe da floresta
libertou-me! libertou-me!
nas intimidades de Lucina estão preparando a revolução,
limpai as vossas armas,
muitas cabeças vão rolar na praça pública.
quero apenas libertar-me
das discussões da bola dos meus vizinhos
da negritude da sombra do bácoro que me persegue.
5 comentários:
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Agradecer o gosto degustado...
Obrigado, majestade!
Gostei muito. Obrigado por partilhar.
sou devoto dessa santa Lucina!
gostei do teu hino!
Lindo e sempre original e tão especial.
Um beijinho sempre amigo.
Maria
Boa malha.
Cumps
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