Incha-me o corpo de cumula bebedeira.
Posso falar?
Os ébrios não têm autoridade.
Não peço que me ouçam.
Posso falar?
A verdade e a lucidez são relativas.
Relativamente a um assunto.
Posso falar?
O vinho já está mais caro que o pão.
O caixão do ditador está a inchar.
Ainda posso falar?
Não vou mandar reparar a televisão.
O meu irmão disse-me que há agora um que diz algumas verdades.
Vou deixar de falar.
O outro filho do meu pai não bebe.
Felizes do que não gostam de história nem de equações.
Posso falar só mais uma coisa?
A televisão pode embebedar.
Vou à garrafa buscar mais um pouco de razão.
Porra! Não é fácil aceitar a estupidez sem anestesia!
4 comentários:
Tem toda a razão! Aceitar a seco, sem o auxílio de um cigarro ou de uma bebida espirituosa, - no meu caso - custa muito engolir determinadas patacoadas, ditadas pela estupidez de algumas pessoas. E não só nas televisões e em relação à política e aos políticos...
Boa noite e uma boa semana, caro PN.
Haja alguém que fale e diga as verdades todas aos lusitanos adormecidos!
Não bebo, mas fumo e tenciono continuar a fumar até alguém se lembrar de mandar abrir a temporada de caça ao fumador, com snipers e tudo.
Boa semana!
Segui os teus passos
e sabes a onde cheguei?
O diagnóstico, feito nas urgências de um hospital privado
foi claro quanto ao meu estado
Pancreatite crónica de origem alcoólica
(só é novidade porque não assististe à peça de teatro exibida lá no meu espaço...)
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