domingo, 30 de julho de 2023

Perdoai-me padre porque pequei


Os jovens que por estes dias dão de comer aos comentários e noticiários, não são nem piores nem melhores que os outros. São gente nova que acredita que pode contribuir para a construção dum mundo melhor, que quer viver, que está a viver, a conviver, a curtir, que tem desejos, que tem desejo e que se sabe que para o amor existir tem de ser feito.

A sujeição dum jovem a sentar-se numa estrutura "made in Portugal",  como as que a foto documenta, para abrir a sua intimidade perante um padre, um cusco clérigo, um homem que amputou ou distorceu a sua sexualidade quando era jovem, que renunciou à procriação, que não reconhece ao sexo oposto iguais poderes, um homem-célula duma Igreja que ainda teima em exercer o seu poder sobre os povos à boleia do sacramento medieval da Confissão, essa sujeição é a que distingue fundamentalmente (alguns d)estes jovens dos demais.

Quanto ao resto, ver jovens, ver juventude, é sempre bom. E por favor, é legítimo questionar o balanço deve-haver do acontecimento. O que é feio é que deve haver gente dessa que não se manifesta a propósito do esforço de guerra que o país está a fazer.

3 comentários:

Janita disse...

"Perdoai-me Padre porque pequei"...

"Mana, que pecados devo confessar ao sr. Padre antes de ir comungar na Missa do Domingo?" - Pergunta a menina com cerca de nove ou dez anos - à sua irmã mais velha seis anos, antes de se confessar pela primeira vez.
Munida de papel e lápis, lá foi anotando os seus presumíveis pecados: "Tenho dito palavras feias (?), tenho desobedecido aos meus pais...Pais? Nós fomos criadas apenas com a nossa Mãe- "Mas o padre não precisa saber isso, anda lá senão vou-me embora"...Mais dois ou três pecadilhos e lá ia eu com todos oe meus pecados na ponta da língua, pronta para a penitência das dez Avé-Marias e dos dez Pais-Nossos, abrir a boca e tomar o corpo de Deus, sem o poder tocar com os dentes.
Valeu a pena!... Fiz parte da Pré-JOC, entrei em diversas peças tetrais infantis e...Graças a Deus, não houve a mínima beliscadura na minha inocência infantil.

Hoje, digo com um misto de alegria e dor, que a infância foi a fase melhor e mais feliz de toda a minha vida.
Outros tempos, outras Eras...

Bom domingo Mr. Pata Negra. :)

Janita disse...

Veio-me à ideia que já havia falado neste tema lá no meu cantinho.

Fui procurar e AS DUAS IRMÃS, aqui lhe ficam para, se quiser e tiver tempo para ler chachadas, confirmar como me iniciei na arte do 'confesso'... :)

Rogério G.V. Pereira disse...

E nesta mesma altura, olho o céu e digo:
perdoai-lhes senhor pois eles sabem bem o que fazem