Sempre simpatizei com ladrões de livros.
Tendo passado um bom bocado de vivência, escorreita e banal, com a historieta doméstica do meu desaparecido berbequim Bosch, insisti no teste - mas agora com um livro.
O berbequim demorou três anos a desaparecer do muro de entrada do meu quintal, onde fora pousado. O livro, porém, pousei-o junto à vieira - cartão de visita da casa - e não sobreviveu lá três dias!
Dizem as línguas que comigo coabitam que já ninguém rouba livros; dizem que voou. Ora, é das leis da física que, se os porcos não voam, os livros também não.
Por outro lado, as leis da República proíbem a publicidade dissimulada. Mas o livro tem de vender!

Sem comentários:
Enviar um comentário