Já há algum tempo que eu desconfiava: se eu não bebo,
porque é que os meus filhos me oferecem sempre vinho?! E é sempre vinho da
mesma marca!
Há dias, no meu último aniversário, não sei agora precisar
a data, comecei a desconfiar que me embrulham sempre a mesma garrafa.
Pelas minhas contas a botelha já deve ter dado mais vinho
que a água das Bodas de Caná.
Eu digo à mãe: arrecada para aí isso na despensa! Ela
guarda e eu, como só bebo água e derivados, esqueço-me da prenda.
Mas desta vez, para confirmar as minhas dúvidas, com uma
unha fiz uma marca discreta no rótulo e na quarta-feira, dia do pai, vou tirar
as provas. Vou tirar as provas e vou prová-lo!
Poderia ter uma conversa com eles mas já sei que me
responderiam que não voltariam a ir àquela garrafeira porque o homem tem as
unhas grandes e sujas. Prefiro bebê-la e obrigá-los a comprar outra para o dia
da mãe, altura em que para eu não ficar a olhar, repetem o ciclo da garrafa e
oferecem uma Nossa Senhora de Fátima luminosa à que os deu à luz. Nos serões em
que falha a luz, a circulação na minha casa está facilitada com linhas de objetos refletores como se fosse uma autoestrada. Portanto, só são sacanas com
o velho.
E perguntam os que, com tanta leitura para não lerem nada,
já bebiam um copo:
- E qual é a marca?
Então se eu não consigo precisar a data dos meus anos, como
é que eu me hei de lembrar da marca! A garrafa é de sete e meio, “chega”?!
(É melhor parar porque já disse uma asneira! Aqui em casa
desde que determinámos a proibição dessa palavra até temos engordado! Não bastam as vezes que
eles a têm dito na televisão? Fdp!)
3 comentários:
ANDA TUDO A FAZER A FAZER POUCO DA GENTE! 😲
Com leitão assado no forno vai bem um espumante tinto e bruto!!!
Olhe, Dom Pata Negra, ficou ali um FAZER a mais, mas isso não o impede de lá clicar e relembrar os Agostinhos.
Dizer se gostou, se não gostou, muito obrigadinho pela lembrança, também caía bem, mas o Sr. é quem sabe.
Bom fim-de-semana
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