sábado, 16 de agosto de 2008

A Besta Adormecida

A propósito do Jogos Olímpicos

Sob a influência da leitura de «Monsieur Gurdjieff», de Louis Pauwels
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O desporto - mentira máxima dos humanistas - não se destina a desenvolver a máquina e a coordenar-lhe harmoniosamente as funções mas apenas a fazer dela a máquina de competições» que sirva nas pistas e estádios + ou - olímpicos.
O desporto, no clima de alienação geral, é apenas uma fábrica de mitos com que se jugulam massas ou se estabelece competição de homem para homem, de região para região, de cidade para cidade, de país para país, de continente para continente.
O desporto é mais uma forma (uma força) de alienação, uma forma de distrair e adiar, de adiar e distrair, de tornar dóceis grandes massas humanas para os fins últimos que as potências se propõem, de as escravizar à vontade dos que (hipocritamente em nome delas) delas decidem.
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Texto completo aqui

7 comentários:

samuel disse...

Desconfio que existe muita gente com vergonha de dizer o que pensa realmente desta coisa a que actualmente se chama desporto...

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Majestade
Rendo-me a tão doutas palavras. Fui consultar o texto que embora já tenha uns mesitos está sempre actual.
Majestade só a cultura liberta o homem. Só o esclarecimento poderá fazer com que um mundo melhor aconteça. É preciso avisar toda a gente. Enquanto tivermos voz. Enquanto a blogosfera for livre. Enquanto nos restar alguma capacidade de discernimento.
Uma vénia, Majestade.

Zorze disse...

Caro Pata Negra, concordo mais ou menos, mas mais do que menos.
O regime escravizante em que treinam muitos atletas, principalmente as ginastas. Na antiga RDA algumas morreram com treinos sobre-humanos, as chinoquinhas com regimes de treino quase surreais. O doping, a ânsia de ganhar para não falar da indústria do futebol profissional e por aí fora ...
Quando estes eventos deveriam ser uma espécie de celebração da humanidade, da união dos povos. O sub-desenvolvimento humano subverte todo este espírito.
Era tão bom acreditar no Pai Natal!

Abraço,
Zorze

Zé Povinho disse...

O Louis Pauwels tem toda a razão, o desporto deixou de o ser, pelo menos na verdadeira acepção da palavra, para se tornar numa forma de afirmação de poder e de alienação.
O amadorismo já não conta, e só se viram os olhos para os troféus, recordes e feitos badalados e magistralmente publicitados.
É pena, que era uma boa escola para a juventude e boa para a saúde.
Boa semana
Abraço do Zé

Anónimo disse...

Vamos lá por partes, liguei há um minuto ou dois a tv e estava a dar o Carreira filho a cantar, escusado será dizer que a desliguei de imediato, aquilo também não é alienação, não é uma droga?

Acredito que nos jogos deve haver um, unzinho que seja, a competir porque lhe dá gozo e acredita naquilo.

Savonarola disse...

Uma análise bem real do desporto neste nosso mundo mecanizado. Como se não bastasse o desrespeito a que é submetido o ser humano, acrescenta-se-lhe o desrespeito pelo seu corpo, mecanizado. Transformando-o em máquina desportiva.

Um abraço anarquista

MARIA disse...

Sem fazer ginástica, nem esforço,concordo com o texto.

Um beijinho amigo

Maria