terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Papai Noel - filho da puta

Primeiro parágrafo
Sou da linhagem do Menino Jesus. Embora me esteja lixando para a trilogia familiar judaico-cristã não sou imune às festividades do calendário católico. Quando, há poucos anos, soube que o Pai Natal, tal como no-lo enfiam, era uma criação da Coca-Cola, cortei definitivamente as minhas relações com ele, se é que elas alguma vez existiram!...
Segundo parágrafo
Sente-se nos palcos que há qualquer coisa que está prestes a acontecer no Brasil. Ninguém sabe como mas todos sabem porquê. No Brasil a Revolução já começou. Tenho largado por aqui umas amostras e esta é uma delas.


Terceiro parágrafo
Desta forma me despeço deste ano de insucesso, ladrões de quem os venera, era uma vez um rapaz, é vê-lo avançar entre a guerra e a paz... (Isto é Sérgio Godinho?! Não, sou eu que estou a ficar cansado! Misturo tudo! Se não fosse o Youtube o que seria deste Reino!? - sempre com desculpas de mau "blogador"!)
Ai este blogue ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso Portugal... (Isto não é Sérgio Godinho! Não, sou eu que queria desejar a todos um bom dia, não, porra, um bom ano!)
Quarto - Quarto?! - para garfo

domingo, 28 de dezembro de 2008

O Libertário

Hoje acrescento um blogue nas minhas ligações de estimação. É um blogue recém nascido, Libertário, de amigos que pensam mais ou menos como eu. Estou em período de balanço de final de ano, tomando balanço para um novo ano. Estou a limpar as armas. Nada me ocorre dizer a não ser nada! Nada me inspira, tudo se me expira; nada me mete graça, tudo me enfeita; nada me entusiasma, tudo me determina; nada me prende, tudo me liberta; nada se me oferece, tudo se me dá; estou num país à beira mar, as ondas estão revoltas e eu também, nada trazem, ninguém levam com elas.
Homens ao mar!
Desejo que em dois mil e nove o PS perca o controlo da situação, sonho mudar de profissão, espero ter tempo para viver!
Um vídeo de amigos para amigos e uma canção. Um desejo para dois mil e nove: VOTEM-NOS FORA.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Momentos de Natal

Anuncio-vos o Salvador Daqui

O Kaos criou esta imagem em 2006, está tudo na mesma, os mesmos bonecos no mesmo lugar, a mesma salvação, a mesma palha, a mesma merda. Quando é que os cordeirinhos mansos ganham hastes e viram o presépio?! Que este seja o último Natal com o tal menino!...

Um Natal tinto e tal...


Vou para uma casa de terra batida com uma chaminé que fuma muito mal e onde faz frio e tal... Lá o Menino é Rei e eu sou o Pai Natal... Tudo boas famílias que cantam, bebem e riem... Se, no meio das quatro batatas, do molho de couves e do azeite, me aparecer um naco de bacalhau salgado, vou acabar por beber um copo a mais... e tal...


Um verdadeiro Natal

É apenas uma fotografia de Natal de Gregory Colbert. Apenas?!...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Leitão à sexta

Estou sem lugar no Natal por causa daquela vaca e do zé burro-teimoso que criaram uma crise nacional.
Estou sem dinheiro porque o país da coca-cola inventou um crise internacional.
E, se Deus, como consta, se retirou de férias, então não haverá Menino Jesus, nem Pai Natal, haverá Porco Natal.
Estou também sem palavras porque os porcos não falam.

Atribuio da Insígnia da Ordem do Comentador da Semana Tinha decidido que, por cortesia, este senhor seria o último agraciado com a Ordem do Comentador. Isto, porque a cortesia da "imagem da insígnia" é obra da sua obra. Acontece que mudei de ideias, podia estar a ser injusto ou mal entendido. Assim sendo, pelos seus curtos e incisivos comentários - consentâneos com os seus curtos e incisivos posts, quer em palavras quer em desenhos - pela sua simpatia e dedicação à corte, o fidalgo Polidor da Caixa de Pregos é desde há muito merecedor desta Ordem que, desta forma, agora se lhe concede.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mais um pedaço de mim

Faleceu há poucos dias, vítima de doença prolongada, um velho amigo, de idade para ser meu pai. A sua morte pesou-me o suficiente para escrever, para o jornal da terra, umas linhas que aqui deixo, retorcidas, adaptadas ao espaço e à natureza deste blogue.
A esse amigo devo a oportunidade do convívio com um homem generoso, inteligente e empreendedor; devo a oportunidade de ter passado parte da minha juventude num ambiente de festa, de música e de excesso; devo a oportunidade da minha independência económica e do que pude fazer com ela.
O Amigo, como muitos da sua geração, encontrou na França dos anos sessenta o caminho para se fazer a uma vida que, dificilmente, realizaria em Portugal. Por lá se fez músico e criou o conjunto musical The Kwent’s que se viria a tornar conhecido entre a comunidade portuguesa de Paris.
Já não vinha a Portugal há cerca de 10 anos quando, num Verão ainda com cheiro a Abril, vem com a sua banda actuar em algumas festas da região. A “digressão” foi uma revelação. Música portuguesa, brasileira, francesa, anglo-saxónica, compunham um repertório que, facilmente, fez sucesso no meio. No ano seguinte voltaram e repetiu-se a receptividade.
Os tempos de esperança que por cá se viviam e o clima de entusiasmo que se criou à volta dos The Kwent’s levaram o Amigo a decidir regressar definitivamente à sua terra com a sua família. No final dos anos setenta é um homem com uma actividade imparável. Com músicos locais reúne uma nova formação para o seu conjunto, transforma a sua casa num salão de festas, revela a sua faceta de homem de sete ofícios, reclama melhores condições para a sua terrinha, ajuda tudo e todos, vive rodeado de amigos.
É nesta altura que sou convidado para fazer parte do “conjunto dos putos” – assim era conhecida a segunda formação que assegurava os intervalos das actuações do grupo adulto e que tinha como atracção principal as qualidades musicais do seu filho de 12 anos. Não tardou que tomássemos o lugar da banda sénior. Seguiram-se os sete anos – com quase mil actuações anotadas na agenda que ainda guardo - em que privei de perto com ele, na sua vida familiar, em longas viagens, em arraiais, casamentos, bailaricos, palcos, trabalhos e sarilhos.
A sua casa foi, durante esse tempo, um autêntico centro recreativo e cultural, frequentado por velhos e novos, por forasteiros de ocasião e malta assídua, por músicos e curiosos de toda a espécie. A casa era de todos, o bar estava aberto até haver assunto, todos podiam tocar bateria, viola ou cantar, havia sempre música ao vivo, jogos, “cinema super 8”, dançava-se, falava-se de tudo e, às vezes, também havia porrada.
Deixo aqui este testemunho porque entendo que, mais de que recordar, importa registar as oportunidades e as mãos que este Homem ofereceu aos que o rodeavam.
Polémico, envolto num percurso de vida passional conturbada, traído pelos negócios e pela saúde, chegou ao fim agora e assim. Costumava dizer que gostaria que o seu funeral fosse uma festa com músicos a tocar “blues”, não o foi mas não esqueci esse seu desejo nem o esquecerei a ele - O Amigo dos blues.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Salvem os ricos

Parece que este é o vídeo da semana. Se é isso, pronto, eu também o divulgo! Divulgo-o com uma certa simpatia mas também com uma certa desconfiança. Afinal de contas o aspecto dos cantores não me inspira grande confiança!... Farão parte do projecto Sócrates? Sentirão na mesa a crise?
Um canção doce demais para o momento. Nem um nome?! Nem um palavrão?!
Nha! Isto é só para enganar a dor! Cá para mim isto é tudo gente que tem dinheiro no banco!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Um Natal especial

Hoje cá na pocilga era dia de fazermos o presépio. Durante o pequeno almoço discutimos, com pouco entusiamo, os pormenores. Meteram-se as notícias da rádio ao barulho. Surgiu-nos a ideia luminosa de dar ao presépio o destino mais adequado ao momento que vivemos:

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Leitão à sexta

Está aí a crise! Vem aí o Natal! Porca de sorte a minha! Felizes as vacas rodriguez e os pintos sousa por não terem presunto de categoria como o meu!




Ficar para último pode ser porco mas...



Atribuio da Insígnia da Ordem do Comentador

Já nem me lembro como nos encontrámos. Temos blogues muito diferentes onde nos encontramos tão iguais. Comentador político de intervenção, popular pela identificação, o Compadre Alentejano do Papa açordas é um figura ímpar e necessária ao Reino e à Corte. É pois merecedor desta insígnia. Que ela lhe tempere a açorda e lhe alegre o algarve.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O ciclo político

É preciso ter lata para acusarem de oportunismo político, relacionado com a aproximação de eleições, o rol de manifestações de descontentamento que enchem as ruas a partir dos locais de trabalho.
A corja xuxalista, de facto, não tem vergonha. Toma, descaradamente, como estratégia de actuação, a chamada tomada de "medidas anti-populares", logo no primeiro tempo da sua governação, contra aqueles que a elegeram e colocando a nu a leveza da sua noção de democracia. Crente na fraca memória do povo, arranca já com inaugurações e outros rebuçados que, tradicionalmente, se oferecem nos tempos que antecedem as eleições - as medidas populares.
Estes dois tempos dos mandatos dos governos são assumidos, em voz baixa, pelos seus actores e são tidos por muita gente como normais em democracia.
Fiquem lá todos com essa curiosa ideia de democracia que nem sequer suporta que alguém se manifeste traindo as previsões estratégicas dos seus ciclos. Talvez nem se trate do direito de utilizar as mesmas armas, acontece que o saco encheu com o vosso desrespeito pela nossa dignidade e transbordou. Contem com as nossas consciências que nós com as vossas já sabemos que não podemos contar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Bom dia!?


Depois de uma semana de perder a cabeça, depois de um fim-de-semana de cabeça perdida, vem agora uma semana para a qual não tenho cabeça.

Por favor, não deixem comentários: é um risco!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Rapazes da mesma colheita

Já é a oitava vez, o oitavo ano, em que a malta nascida em determinado ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, mais propriamente da colheita de mil novecentos de não sei quantos e tal, naturais duma freguesia visível no Google Earth, respeitam o primeiro sábado de Dezembro. São rapazes que cruzaram as mesmas professoras, as mesmas catequistas, o mesmo senhor prior; mancebos que se apresentaram à inspecção no Quartel de Santa Clara no mesmo dia, homens que nasceram da mesma infância e que não desistem de uma parte do que são. Às oito e trinta da manhã, no largo da Igreja, uma vez por ano lá estão, os cerca de trinta, prontos para o pequeno almoço na taberna que resiste enquanto aguardam a chegada da camioneta de passageiros que só os mordomos do ano sabem para onde vai.

Por isso mesmo, hoje foi dia de chá. Só homens, pois então! Não temos culpa das nascidas não terem frequentado a mesma classe, não terem dado o nome para a tropa nem de usufruírem dos mesmos gostos de galhofa.
Mas que mania a minha! Que interessa este acontecimento aos meus leitores? Para quê contar? Contar o quê? Qualquer dia ainda sabem mais de mim do que eu próprio sei!
Foi um passeio de passear, de comer, de beber, de contar, de recordar mas, sobretudo, foi um momento de voltar a ser - parece que ainda foi ontem! E foi, ontem mesmo, foi outra vez um ontem de há muitos anos. Vivas são as árvores que mantêm as raízes.
Por isso mesmo, hoje foi dia de chá.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Leitão à sexta

Apetece-me escrever sobre todas as coisas. Quando assim é, o melhor é não escrever nada, reduzir-me a pensador. Que bom é estar sentado à lareira, fundindo os pensamentos com as chamas e a retirar deles apenas o calor que é necessário à vida.
Todos os anos, no primeiro sábado de Dezembro, parto de autocarro com a rapaziada da infância que é do mesmo ano de nascença. O preço é sempre a idade em euros. O destino é sempre segredo dos mordomos. O regresso é sempre difícil. Talvez no Domingo existam argumentos para escrever.

Atribuio da Insígnia da Ordem do Comentador da Semana


Quando me surgiu este nome de blogue e de bloguista julguei que iria encontrar um sítio cheio de cachaporras, manguitos, Bordalos e Vilhenas. Afinal, vim a encontrar, um Senhor Zé, do Povo, culto, crítico e informado. Os seus comentários são contidos mas audazes, as suas passagens nos salões da corte são dignas de elogio, reconhecimento e aclamação. Insígnia justamente atribuída ao Zé Povinho que por aqui abunda na sua faceta mais recomendável.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

União dos Políticos e Banqueiros

BPN BPP BCP e outros bês virão com outros pês PS PSD CDS e outros esses. Todos juntos "numa ânsia colectiva de tudo fecundar". Este Natal todos os portugueses, queiram ou não queiram, vão ajudar os bancos mais necessitados.
Para a pobreza e para a riqueza não seremos o Brasil. Para o mal e para o bem não teremos uma democracia como a do Brasil. Por medo da censura, do desemprego ou da prisão, deixo à imaginação de cada um a substituição dos rostos - afinal de contas ainda não chegámos ao Brasil! De resto, mais senado menos senado, mais Brasília, menos Lisboa, a merda é irmã.