sexta-feira, 10 de abril de 2009

Leitão à sexta


A última ceia só com pão e vinho?! Alguém aceita ou acredita que o petisco tenha sido sopas de cavalo cansado?! Não! Segundo o estudo de uma universidade norte-americana, basta dizer que é norte-americana para ser fidedigna, chegou-se à conclusão que comeram leitão. A investigação baseou-se na observação deste quadro descoberto num templo inca do princípio da era cristã.

Estou em casa alheia correndo o que se passa na minha blogosfera. Cumpro todas as quartas e sextas e todas as festividades do calendário católico. Sinto-me crucificado com a mostarda dos pregos de todos os fiéis súbditos que, mesmo na ausência do Rei, mantêm o palácio em festa com os seus comentários. "Reissuscitarei" algures depois do domingo dos domingos! Aleluia!
A todos darei a oportunidade de lavarem os meus pés depois desta viagem. Tenho viajado entre as rotundas que o Cavaco abomina. Adoro as rotundas do meu país! São redondas, obrigam-me a reduzir a velocidade e a não ter de pensar muito em prioridades. Quase todas têm ao centro não sei o quê. Nas suas margens reina a poluição visual que anuncia não sei o quê, de modo que acabo sempre por dar duas voltas até que consiga ler o nome da direcção da parte do reino que quero tomar. E agora, para quem ainda não saiu de casa, fiquem a saber que há novidades:

- Em todas as rotundas deste país envelhecido existe um outdoor do avô-cantigas, devidamente assinado, que nos revela que somos europeus. E, em cada rotunda, por cada cartaz que se repete, eu canto sempre aquela canção que nestas férias inventei:


"Vai cantar para outra rotunda,

Não me desorientes mais,

Nenhum país se refunda,

Enquanto houver tantos "Vitais".

E não é que na rotunda seguinte lá está outra vez o avô-cantigas a cantar-me o quanto dinheiro há para vender um velho que vendeu a alma ao diabo! Que as chamas lhe acordem a consciência! Tragam-me de volta a sombra do cavaleiro dos azulejos Licor Beirão! Não poluam os meus passeios com este rosto patético que enfeita um canto dum cartaz vazio! A cantar com cara de quê?! Não! Cara disso que estais pensando é muito! Cara sem vergonha! Um cara! Não mais do que isso! Um cara digno de Leitão à sexta! Um velho leitão!...

E era só. Voltarei com a corte depois da páscoa-passagem-rejuvenescimento, voltarei com a pascoela. Contar-vos-ei então como são as coisas para além do Tejo e o que o Cossa pensa da salvação da fábrica.

19 comentários:

salvoconduto disse...

Quando estiveres de bolta manda o avô-cantigas cantar pró Largo do Rato! Porque raio é que ficou aqui um espaço tão comprido? Se der jeito a alguém podem ocupá-lo.

salvoconduto disse...

Já apaguei o espaço a seguir ao pró vocês são uns indecentes, só queriam lá escrever asneiras, nã!

antonio ganhão disse...

Já tinha reparado no avô Cantigas, será a promoção de um novo disco?

Quanto ao leitão, lamento desiludir-te... parece mais um coelho!

SILÊNCIO CULPADO disse...

Pata Negra
Essa do avô cantigas está bem vista. Mas eu não vou nas cantigas dele. Pena se alguém for.
Concordo contigo em tudo e também quanto às rotundas.
Que chatice d ePaís!...

Apesar de tudo isso Páscoa Feliz.


Abraço

José Lopes disse...

Com cantigas e amêndoas, uns senhores para quem o tempo parece não importar, lá vão tentando levar-nos à certa! Mesmo com o miolo às voltas, seja por causa das rotundas seja por causa do verde que acompanhou os carapaus com bigodes, eu não me deixo levar.
Cumps

Kaotica disse...

Excelência

Já tínhamos o avô Boca-Doce no PCP, parece-me justo que se divida o mal pelas aldeias e o PS tenha "adoptado" este avô Cantigas. Canta bem mas não me alegra: cá para mim pode zarpar para o Parlamento Europeu já que tudo o que é lixo acaba por lá ir parar. Não há-de ser com o meu voto, claro está!

Desejo uma doce Páscoa a Sua Majestade!

Um abraço

Milu disse...

Para leitão é um bocado enfezado e logo para doze! Mas também me parece ter visto pelo menos uma garrafa de whisky!?

Compadre Alentejano disse...

Prefiro rotundas que semáforos!
Uma Boa Páscoa.
Abraço
Compadre Alentejano

Mariazinha disse...

Tadinho do bacorinho!
Pendurado numa vil cruz...

Para ti mais umas festas felizes,ainda o que nos vai valendo são as festas.

Beijokas

Jorge P. Guedes disse...

Bom Domingo de Festa!

Abusar da alegria, não da alimentação!

Um abraço.

Alberto Cardoso disse...

Olá Majestade.
Também não acredito que na ceia mais famosa de sempre só houvesse pão e vinho. Mas, Majestade, não nos queira convencer que um leitãozito prematuro satisfez o apetite de tantos comensais. Talvez como entrada…
Então pá pascoela teremos Sua Alteza de volta! Que alegria! Que saudades todos temos das histórias com que nos encanta! Que longa esta semana nos vai pareder!
O fiel
Alberto Cardoso

Alberto Cardoso disse...

:)parecer, claro.

Marreta disse...

Epá, deixa lá a cruz e ressuscita!

Saudações do Marreta.

Zorze disse...

Realmente, também me deparei com esses out-doors a afirmar que éramos europeus.
Pronto agora é oficial, somos europeus!
Do Avô Cantigas, gostava mais da música do fantasminha.
Esta vitalidade, é isso mesmo, apenas um cartaz de apresentação, nada mais do que isso.

Vá, e cuidado com os birinaites na Pascoela misturados com carro e estrada. Olha que vi rotundas a transformarem-se em rectas.

Abraço,
Zorze

Meg disse...

Como a Páscoa já passou, espero que voltes depressa e ... bem...

Um abraço

MARIA disse...

Vossa Majestade é tão marota ... tão marota ...
Então não sabe Vª Majestade que nem Jesus, nem os Apóstolos e nem os judeus, ainda apegados ao velho testamento, comem carne de porco . ( Só os animais que têm unha fendida e remoem os alimentos, como as vaquinhas, por ex.podem ser comidos)
Leitão ?!...
Não, Majestade, não foi criado por Deus para ser comido à mesa ...
Isso seria pecado. Ainda por cima diante de toda a gente ...
É só para que reflitamos todos o quanto roubamos a essência de um leitão quando o reduzimos a um delicioso, irresistível, porém pecaminoso PRESUNTO !
E fica a questão : se Deus não criou o leitou para ser comido pelo homem, criou-o para ? ...
É importante reflectir sobre estas coisas...
:-)
Eu sei que Vª Majestade não se deixava enganar. Então, queria enganar seus fiéis súbditos com esta versão da ceia ?
Ou já naquele tempo quem fazia as leis só as fazia para os outros ?!...
*
Volte. Aqui estamos sentaditos na margem da sua página à sua espera.
Para entreter a demora até arranjei num antiquário um tear... mas a minha habilidade para o corte e costura... lamentavelmente é pouca. Vou bordando com amizade este espaço.

Um beijinho

Maria

mescalero disse...

Vá lá, alguém da minha lista de blogues escreveu um post sobre a páscoa.

cumprimentos ao Rei dos Leitões e também ao porquinho simpático crucificado como um vulgar profeta.

MARIA disse...

:-)

Peço desculpa, tive que voltar ao disparate. Falava de bichinhos ruminantes e não que "remoem"...

:-)

Isto não há paixão pascal que me auxilie :-)
Ando um pouco cansada, desculpe mas comecei a relembrar o texto bíblico e a listagem dos bichinhos que se deviam e não comer e fez-se luz sobre o que aqui deixara dito ...
:-)
Com tanto lapso, qualquer dia sou expulsa do Reino
:-)

Outro beijinho amigo

Maria

Anónimo disse...

Esperança


O importante não é chegar primeiro. Não é chegar antes dos outros. Não é atingir sozinho a meta desejada.

"Ninguém tem o direito de ser feliz sozinho".

A humanidade caminha com vontade de chegar.

O importante é os homens caminharem juntos, andarem unidos, de mãos dadas, confraternizados na busca da paz.

Os homens não se entendem porquê?

Porque eles não estendem as mãos e não se abrem para a ternura do diálogo.

Impõem - quando deveriam aceitar.

Exigem - quando deveriam oferecer.

Condenam - quando quando deveriam perdoar.

São muitos os anseios. Diferentes as capacidades.

Nem todos os homens percebem que a meta é a mesma e uma só é a esperança.

A esperança é luz interior, a iluminar no equilíbrio do silêncio, a caminhada dos homens.

A esperança permite olhar e ver os que também caminham pelo mesmo ideal.

A esperança ensina que a humanidade atingirá sua meta;

Solidariedade no amor.

Juliana Maldonado Dutra Nicácio Lafetá