terça-feira, 21 de junho de 2011

nós-eu-euro-europa

A Troika Labrega do Kaos
Um pouco mais de europa – somos nada,
Um pouco mais de espanha – somos ninguém
Para atingir, votámos em cambada
Se ao menos soubéssemos votar bem...
Pegar ou largar? Em vão... perdemos cota
Numa grande europa virada a outros mundos;
E o grande país afundado em fundos,
O grande país - ó mar! - quase europa...
Quase o progresso, quase a porta e a panaceia,
Quase o princípio e o fim - quase a salvação...
Mas no meu país tudo se remedeia...
Entanto tudo não passou duma ilusão!
De tudo houve marca UE ... e tudo aproveitou...
- Ai o desejo de ser - quase, igual aos alemães...
Nós falhámos entre nós, falhámos por vinténs,
Terra que não parou mas não avançou...
Anos de esperança que, desbaratámos...
Cidadanias que sonhámos alcançar...
Direitos que perdemos sem os experimentar...
Tratados que nos trataram e não votámos...
Desse continente, encontro só imagens...
Terras do interior – vejo-as defraudadas;
E carteiras de políticos, sujas, recheadas,
Passou o argumento de que eram só vantagens...
Numa esperança imberbe acreditando em tanto,
Tudo construímos sem pensar pra quê...
Hoje, resta-nos o betão do desencanto
Das coisas que de tão grandes ninguém vê...
Um pouco mais de europa – somos nada,
Um pouco mais de espanha – somos ninguém
Para atingir, votámos em cambada
Se ao menos tivessemos agora votado bem...

Não é necessário lembrarem-me que não chego aos calcanhares de Mário de Sá Carneiro!
E eu quero por força ser burro...Que a um porco nada se recusa!!

4 comentários:

José Lopes disse...

Há muito que não acertamos e por isso pagamos a conta. Seremos burros ou acreditamos no nosso fado? Eu sou um descrente por natureza e acredito que há mais música para além do fado.
Cumps

maceta disse...

Somos um país de remediados, muitos de nós têm fracos miolos e vontade fraca.No meio de tanta fraqueza há-de conseguir-se encontrar o bom caminho...


abraço

antonio ganhão disse...

Ao menos como burros só comemos palha.

do Zambujal disse...

Grande Pata!
Um porco que conhece o carneiro, de Sá - o poeta -, que quer, por força, ser burro. E que escreve coisas destas!
Um pouco mais de tempo e dás-lhe com a espanca.

Abraço forte