sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Não estarei do lado de nenhuma conferência para reestruturar ou perdoar dívida

O autor da frase não precisa de ser identificado para se saber quem é. A autoria duma afirmação destas só pode vir dum advogado que não defende o réu porque está feito com a acusação.  E fá-la publicamente num descarado desprezo pela inteligência e pelo discernimento do seu cliente. Existirão outros porcos por aí mas existirão muito mais burros - isto a acreditar em sondagens!...  
imagem daqui

Esta história de parvos faz-me lembrar uma história já aqui contada e de que trancrevo parte:
...
Foi num dos regressos destes dias que, depois de apearmos na estação das nossas bandas, a história se enredou.
Era norma da CP ter um funcionário à porta da estação a recolher os bilhetes dos passageiros. Por nenhuma razão, nem me dei ao trabalho de pôr a mão ao bolso e passei descontraído, entre a leva, sem entregar o meu bilhete. Aguardava cá fora quando me apercebi que havia bronca no cais entre os meus e o ferroviário de serviço. Voltei a passar a porta que dava para o cais para me inteirar das razões do chinfrim. O Gaio, rodeado pelo grupo, dizia: “ouça meu caro senhor, já lhe disse que não tenho o meu bilhete!”
- Nesse caso terá de pagar!
- Mas eu tirei bilhete só que não o tenho!
Fez-se-me logo a luz fácil.
- É meu amigo, viajámos juntos, fui eu que guardei os bilhetes, o bilhete dele está aqui!
Disse eu exibindo o meu bilhete, satisfeito por ter resolvido o problema com uma impunível mentira. Mas o Gaio tinha problemas.
- Não! Não! Não se acredite no meu amigo! Ele está a mentir-lhe! Esse bilhete não é o meu é o dele!
Risada geral, eu tentando arranjar uma cara de reacção, o ferroviário, multiplicando expressões de rosto começou a debitar sentenças enquanto o Gaio, repetidamente, afiançava a minha mentira. Estava o imbróglio montado não tardando, com o aquecimento, o final com fuga em debandada.
Só eu, do grupo, armado em rapaz sério e sereno, fiquei por ali tentando acalmar esfarrapadamente o zeloso funcionário, valeu-me o feito a toutiçada que parece que ainda hoje sinto, nunca tendo conseguido apurar para mim próprio se foi merecida ou imerecida.
...

2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

O outro
não sei ainda
se burro se porco
diz que não quer levar
com a porta na cara

o gajo
não se chama Gaio
mas por falares em Gaio
acho
que é parecido com o gajo

O Puma disse...

Pois

esta coisa não vai lá

com bons rapazes