sexta-feira, 4 de maio de 2012

Doce 1º de Maio

Por  estranha coincidência o local de concentração para o desfile foi à saída dum Pingo Doce. O povo que saía com os carrinhos de compras entrecruzava-se com o povo que envergava bandeiras e cartazes. O povo que passava com as compras esboçava satisfação de ter realizado bom negócio e o povo que se preparava para a marcha mostrava-se satisfeito por ver a manifestação composta. Pareciam ignorar-se mutuamente como se de dois povos diferentes se tratasse.
"Dê-me licença senhor!"; "Deixa passar a senhora camarada!"; "Viste! Ganhámos duzentos euros!... Estes estão a manifestar-se para quê!?..."; " Já somos mais de mil!... Parece que há ali uma grande promoção no Pingo Doce!..."
Chegou mais polícia, pensámos que era pelo facto dos manifestantes ultrapassarem os números previstos. Mas, afinal, entraram para o centro comercial - um desentendimento entre clientes do supermercado.
O desfile partiu deixando espaço livre aos carrinhos de compras. Só soubemos que o grande acontecimento do dia tinha sido a promoção do Pingo Doce e não as manifestações que ocorreram por todo o país, quando nos contaram já em casa. 
Mandem  lixar o Soares dos Santos, querem ouvir a nossa história?
Estávamos já no autocarro de regresso. O "marcamos às seis para sair às seis e meia" fora um mau prenúncio: falta sempre alguém; há gente que não se importa de fazer esperar os outros; podem ter-se perdido; se calhar não sabem que é aqui; isto é o que mais me irrita nestas coisas; faz parte; falta sempre alguém...
Faltava eu: contei os passageiros que estavam no exterior do autocarro em rodas de espera, contei os lugares vazios e fui ter com o chefe de viatura que também estava lá fora.
- Ouve lá! Mas para arrancar não faltam só vocês?!
Entraram. Afinal, há mais de um quarto de hora que estávamos todos, só que ninguém quis acreditar.

21 comentários:

Manuel Silva disse...

Está bem mas ainda não respondeste ao que te pedi.

Manuel Silva disse...

Pois é, mas não explicas a aquela história do marreco.

Pata Negra disse...

Ó senhor Manuel Silva! Mas o que é que senhor quer?! O senhor não andará no blogue errado?! O senhor não será republicano ou cliente do Pingo Doce?!
Um abraço e explique-se

jrd disse...

O Maio deles não tem tamanho, não cabe num supermercado.

Abraço

Zé Povinho disse...

Há sempre quem pretenda manobrar e reprimir o povo, seja com ditaduras ou seja com promoções, mas ao criarem as desigualdades fomentam ainda mais protestos e mais revolta. Bfds
Abraço do Zé

Manuel Silva disse...

Ó Dr. Pata Negra quantas vezes é preciso dizer o que eu quero? Mas eu volto a explicar: nos comentários ao blog “Bichinho do Teatro” o Sr. Doutor escreveu um texto, para mim confuso, que metia anónimos, caveiras, porcos, manetas, suínos e um comentário do Sr. Arquiteto sobre um comentário que não era o primeiro comentário mas sim o segundo comentário. Sem comentários!
Foi sobre esta confusão que eu pedi esclarecimentos ao Sr. Professor Doutor pois não percebi nada. Assim, se Sr. Deputado me elucidasse acerca do teor do que raio se passou, eu ficava muito grato.
Os melhores cumprimentos para Sua Eminência.

Pata Negra disse...

Senhor Manuel Silva
1- Dr não, Majestade!
2- O primeiro comentário nunca existiu porque eu me antecedi e lhe respondi mesmo antes de ele ter existido.
3- O senhor Manuel Silva existe mesmo?!
Um abraço e se fosse eu mudava de apelido, já me chega o cavaco

M A R I A disse...

Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul

Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar

Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar

Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu


Zeca Afonso


Um beijinho doce e não pingado, porém sempre com a amizade desta
sua amiga

Maria

Manuel Pinto de Sousa disse...

Isto é que vai uma crise...

Estou numa situação financeira tão má, tão má, que se a minha mulher decidir ir-se embora com outro, terei de ir com eles.

Manuel Coelho disse...

Os preservativos já não garantem sexo seguro.
Um amigo meu estava a usar um quando foi alvejado a tiro pelo marido dela!

Manuel Seguro* disse...

A minha mulher é muito burra. Não é que vai de férias para a Grécia com duas amigas e comprou 50 preservativos... e nem sequer tem pila!
*Pró futuro

Manuel disse...

Agora escolha, Majestade.

Manuel Barroso disse...

Em Coimbra, junto ao Mondego e à ponte de Santa Clara, há uns sanitários abaixo do solo a que se acede, naturalmente, através de umas escadas. Vinha o Guedes a subir as escadas, ainda a ajeitar braguilha, quando uma turista francesa lhe pergunta “Metrô?, Metrô? ao que o Guedes, triste e distraidamente lhe responde: metro? Ó minha senhora, 15 cm ainda se arranjam agora um metro…

Manuel Guterres disse...

A Joaquina chegou a casa já tarde, cansada e sem saber o que havia de fazer para o jantar do marido e dos três filhos. Só se fosse, outra vez, coxas de frango com arroz. Pegou no arroz, encheu a chávena que servia de medida, pôs a panela de água ao lume e disse ao Joãozinho: vai ao frigorífico buscar as seis coxas de frango que lá estão. Como o Joãozinho demorasse muito a Joaquina gritou-lhe: Joãozinho, trás as coxas de galinha! E o Joãozinho de lá respondeu: Mãe, só há uma.

Manuel Sampaio disse...

O que significa “CARALHO”?
Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias prescrutavam o horizonte em busca de sinais de terra.
O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) era onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de "castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infração a bordo.
O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no CARALHO e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí surgiu a expressão:

“MANDAR P’RÓ CARALHO"
Hoje em dia,CARALHO é a palavra que define toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.

Ao apreciarmos algo de nosso agrado, costumamos dizer:

“ISTO É BOM COM’Ó CARALHO”

Se alguém fala conosco e não entendemos, perguntamos:

Mas que CARALHO é que estás a dizer?

Se nos aborrecemos com alguém ou algo, mandamo-lo p’ró CARALHO.

Se algo não nos interessa dizemos: NÃO QUERO SABER NEM PELO CARALHO.

Se, pelo contrário, algo chama a nossa atenção, então dizemos:

ISSO INTERESSA-ME COM’Ó CARALHO.

Também são comuns as expressões: Essa mulher é boa com’ó CARALHO (definindo a beleza);

Essa gaja é feia com’ó CARALHO(definindo a feiura);

Esse filme é velho com’ó CARALHO (definindo a idade);

Essa mulher mora longe com’ó CARALHO (definindo a distancia);

Enfim, não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar sem juntar um “CARALHO”.

Se a forma de proceder de uma pessoa nos causa admiração dizemos:

"ESTE TIPO É DO CARALHO"

Se um comerciante está deprimido pela situação do seu negócio, exclama: “ESTAMOS A IR P’RÓ CARALHO”.

Se encontramos um amigo que há muito não víamos, dizemos:

PORRA, POR ONDE CARALHO É QUE TENS ANDADO?

É por isso que lhe envio este cumprimento do CARALHO e espero que o seu conteúdo lhe agrade com’ó CARALHO, desejando que as suas metas e objetivos se cumpram, e que a sua vida, agora e sempre, seja boa com’ó CARALHO.

A partir deste momento poderemos dizer "CARALHO", ou mandar alguém p’ró "CARALHO" com um pouco mais de cultura e autoridade académica ...

TENHA UM DIA FELIZ!

“UM DIA DO CARALHO”

Anónimo disse...

Este homem de Coimbra é bom pra caralho a escrever, deve ter chafurdado na universidade onde eu dava aulas de chafurdice... gostei, porque, apesar de professor, aprendi pra caralho...

Anónimo autêntico!

Maria disse...

Histórico, este post...
Um abraço a V. Majestade :)

Anónimo disse...

Esta maria dos abraços, heteronima da vedadeira MARIA, a dos beijinhos, nunca tinha tratado o Rei dos Leittões por V.Majestade, já viu a promoção que ganhou, meu amigo, com estas caralhadas!
Um post do CARALHO este, obviamente!

Anónimo autêntico.

Munuel Lopes disse...

Feito o nono ano foi para Lisboa. Para casa de uns primos afastados, dizia-se. Raramente vinha à aldeia e quando vinha pouco contava do que fazia na grande cidade. Falava de amigos mas quando lhe perguntavam por namoradas dizia que não tinha e mudava de assunto. A malta da aldeia achava estranho e alguns até mandavam umas bocas. Mas só no dia das inspecções é que se soube a verdade.
No quartel entravam em grupos de dez para uma sala onde um sargento lateiro, atrás de uma secretária, interrogava os mancebos e preenchia uma ficha. Quando chegou a vez dele recomeçou o inquérito:
- Nome?
- Fulano de tal.
- Data de nascimento?
- Tantos de tal.
- Nome do pai?
- Sicrano de tal
- E da mãe?
- Beltrana de tal.
- Naturalidade?
- Sítio de tal.
- Freguesia?
- Freguesia?! Ah, graças a Deus não tenho razão de queixa.

JFrade disse...

Amigo Pata Negra, tem que pôr pimenta na língua de alguns comentadores. Este deboche não pode continuar.
Recolheço que aprendi algumas coisas com um tal Manuel Sampaio mas ele podia perfeitamente usar a palavra "cigarro" em vez do horroroso palavrão que referiu e repetiu. Se repararmos ambas as palavras têm sete letras, começam por C, acabam em O e a letra do meio é um A. Anatomicamente, digamos, ambas se referem a objectos cilíndricos e é frequente ambos terem a ponta avermelhada. Já tinha reparado nestas coincidências? É do caralho, não é?

Anonymous vero disse...

Estou piúrço, P-I-Ú-R-Ç-O.
O falso anónimo voltou a atacar. Ontem às 17:33 como podem verificar. Até pela caligrafia se percebe que ele não é o VERDADEIRO anónimo. Eu não queria mas vou ter que tomar medidas a sério. Vai haver sangue…